Lendo a revista Exame Informática de Dezembro passado, ficamos a saber que:
- A secreta americana foi à escola: "em Outubro, dois senhores da secreta americana deixaram de ser secretos para uma turma inteira, quando interromperam uma aula para interrogar uma jovem de 14 anos que criou um site anti-guerra do Iraque onde exorta ao apunhalamento de Bush. Depois de algum choro e das averiguações da capacidade da jovem para cumprir a ameaça, os senhores voltaram aos secretos desígnios. Não se sabe se estes senhores vêem muitos filmes ou se estão decididos a interromper todas as aulas onde estudam jovens que criam sites com bravatas anti-bush. Desconhece-se mesmo se foi a primeira vez que entraram numa escola".
- "Se há um tema em destaque nos Estados Unidos é o que chamamos da neutralidade da rede. Talvez seja um debate estúpido em outros países. Torna-se difícil de acreditar na maneira como algumas empresas são autorizadas a operar nos Estados Unidos".
O autor deste texto, John C. Dvorak, analisa nele a evolução da Internet nos USA, constatando que os operadores de telecomunicações e de TV por cabo estão a sabotar o VOIP e a IPTV (a TV transmitida pela Internet). As empresas da TV por cabo "entraram no negócio da Internet para assegurar que a IPTV nunca vai ser um facto concretizado" e as companhias telefónicas querem "bloquear a possiblidade de fazer ligações telefónicas sem passar por elas, como é o caso do Skype".
E então? John conclui que "para defender a neutralidade da rede, a infra-estrutura de comunicações deveria ficar com o governo e não com a indústria privada. Frequentemente, as empresas agem em desacordo com o bem público. A única hipótese de ter sistemas de comunicação como os da Coreia -- com a alta velocidade a preço baixo -- é se o governo fizer isso acontecer, algo que é raro".
Não serão estas as lições que deveríamos colher da experiência americana?
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