Para não esquecer...

RAPIDINHAS - 070222

  1. Disse-se que as manifestações de ontem contra o encerramento e transferências de serviços de saúde foram as maiores de sempre. Hoje a coisa repetiu-se. Cerca de quinhentas viaturas marcharam lentamente e buzinãoraram, durante uma hora, na Estrada Nacional 4, em Vendas Novas, protestando contra o encerramento das urgências na cidade.
    Contra este governo já Portugal viu a maior manifestação de sempre de professores, que encheu os três quilómetros da Avenida lisboeta da Liberdade. Contra este governo Portugal tem visto contínuas manifestações de muito desagrado.
    Porque eu estive nalgumas destas “iniciativas”, e porque foram como atrás se disse, e porque as sondagens juram que o governo pê-èsse ganharia as eleições se fossem hoje, só posso admitir uma de duas hipóteses:
    a) ou as sondagens mentem;
    b) ou os portugueses são masoquistas.

  2. Apesar dos efeitos evidentes das decisões na área da Saúde deste governo, o ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, afirmou hoje que o Governo pretende reduzir dos actuais 450 mil para 50 mil os cidadãos que residem a mais de uma hora de serviços de urgência de saúde.
    Esta estratégia do governo pê-èsse já não surpreende ninguém: é a sabida estratégia de fazer uma coisa e declarar o inverso nas palavras
    [recorde-se um outro exemplo: o Ministério da Educação impede o acesso ao topo da carreira à esmagadora maioria dos professores porque deste modo se reconhecem os melhores professores].
    O que prova uma de duas hipóteses:
    a) ou os elementos deste governo pê-èsse são parvos;
    b) ou pensam que nós somos parvos.

  3. É o segundo caso do género, em poucos dias e na mesma empresa: a REFER contratou um consultor a quem tinha dado 120 mil euros para sair da empresa. Joaquim Barbosa, técnico da área de sinalização da REFER com um ordenado a rondar os cinco mil euros, em 2004 chegou a acordo para rescindir o contrato. Nessa altura, repito, recebeu como compensação 120 mil euros.
    O que prova uma de duas hipóteses:
    a) ou há moralidade;
    b) ou devem(os) comer todos.

  4. Pela quarta vez este Ministério da Educação pê-èsse foi condenado por um tribunal administrativo e fiscal a pagar a um professor as aulas de substituição como serviço extraordinário. Mais importante do que recordar que falta apenas mais uma decisão no mesmo sentido para que seja feita jurisprudência, mais importante do que isso é reafirmar que Portugal tem visto este governo pê-èsse ser repetidamente condenado ou “contrariado” em tribunal.
    O que prova uma de duas hipóteses:
    a) ou este governo pê-èsse não tem ninguém que entenda de leis;
    b) ou este governo pê-èsse atribui pouca importância às leis.
    Em qualquer das hipóteses
    [e eu inclino-me mais para a segunda],
    puta que pariu tal governo pê-èsse, em vez de o ter abortado.
escrito por ai.valhamedeus

3 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

...torcer para que seja célere essa 5ª decisão.
Puta que pariu estes xuxialistas de merda...

Amenophis disse...

A história repete-se. Em 1990 e 1991 havia muita constestação nas ruas, havia um despudor enorme na repartição dos cargos políticos pelo poder( da época) laranja, e em 1991 Cavaco Silva reforçou a sua maioria absoluta. Estamos perante uma situação um tudo idêntica à vivida nesses anos. Um poder autoritário, a contestação nas ruas e o reforço desse poder nas eleições.
Comos se explicará isto? Não sei sequer se haverá uma explicação. Talvez haja ainda resquícios de 48 anos de submissão e de "formatação" de um modo de ser que a educação familiar e escolar vai replicando.
O "respeitinho" por quem manda, o assumir que a verdade vem dos que mandam, a aceitação do "eles é que sabem", a ideia de que " a política é suja" mas sempre do ponto de vista que os políticos são a oposição e que o poder não é político, o aceitar da divisão da sociedae em corporações, em que cada uma isoladamente é alvo dos ataques do poder com o apoio das outras.
Não sei!

Anónimo disse...

Bem visto, amenophis