Perdoa-se-lhe o não ser português, se este dia for o pretexto para, digamos, recordar os "amo tracinho te" de Rita Lopes. O primeiro está muito divulgado e é, porventura e por ser o original, o mais criativo. Reproduzo o segundo:
Mas o mais bonito poema de amor é, digo eu, o Soneto de Fidelidade de Vinicius de Moraes.
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Ou, noutro registo, a belíssima ária onde Radamés louva a sua amada Aida
[no 1º acto da ópera, com o mesmo nome, de Verdi]:
Se quel guerrier
Io fossi! se il mio sogno
S'avverasse!... Un esercito di prodi
Da me guidato... e la vittoria... e il plauso
Di Menfi tutta! E a te, mia dolce Aida,
Tornar di lauri cinto...
Dirti: per te ho pugnato, per to ho vinto!
Celeste Aida, forma divina.
Mistico serto di luce e fior,
Del mio pensiero tu sei regina,
Tu di mia vita sei lo splendor.
Il tuo bel cielo vorrei redarti,
Le dolci brezze del patrio suol;
Un regal serta sul crin posarti,
Ergerti un trono vicino al sol.
Celeste Aida, forma divina,
Mistico raggio di luce e fior, ecc.
Muito amor e muita música!
escrito por ai.valhamedeus
TEXTOS ANTIGOS
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3 comentário(s). Ler/reagir:
meu amigo, senta aí ao meu lado e confessa que o calendário é uma seca. confessa, que tenho a mão na tua garganta e o meu namorado a demasiados quilómetros para aturar o são valentim e o teddy bear do continente. o são valentim até se punha de joelhos e mudava de dia se lhe cantassem mahler através do canal de suez num dia quente de setembro. oraoraora.
ouve lá, o gabo não vai fazer anúncios com margarinas anti colesterol, não?
dizquenãodizquenão.
ó alexandra,
o calendário é uma seca, confesso. sobretudo quando se tem o namorado a quilómetros demasiados para o dia de são valentim, o dia de são valentim não tem jeito. Mas não é preciso namorado para uma mulher se imaginar Aida e ouvir o Radamés jurar cantando que lhe erguerá um trono pertinho do sol. assim são valentim até pode ser em dia de inverno. sem mahler. a propósito, deixo-te pedir um disco, pode ser de mahler, se disseres a frase ("que bonito é o dia dos namorados").
vou-te confessar a razão íntima da ideia de ler "como se conta um conto": o gabo é o autor do livro da minha vida (Os cem anos). pensei que, lendo-lhe os segredos da escrita, haveria um dia destes de conseguir o que me falta para ser um homem a sério: tendo feito filho(s) e plantado árvore, escrever um livro. pelo que me conheces, achas que ainda serei homem a sério?
digo-te que já és, escrevo onde quiseres,mas não há livro que te chegue aos calcanhares, meu lindo, nem mesmo escrito por ti.
e tu já sabes que isto é gado bravo, só digo frases a fugir, quando já não se ouve o fim.
p.s. - tb estou a escrever.
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