Para não esquecer...

EX-CITAÇÕES *36. a arte da escrita

Há que aprender a deitar fora. Um bom escritor não se identifica tanto pelo que publica como pelo que deita ao caixote do lixo
[Hay que aprender a desechar. Un buen escritor no se conoce tanto por lo que publica como por lo que echa al cesto de la basura].
(Gabriel García MÁRQUEZ. Cómo se cuenta un cuento. Barcelona : Random House Mondadorim, 2003, p. 21)

escrito por ai.valhamedeus

3 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

esta é a frase retirada do caixote do lixo que convém publicar depois de se ter escrito este mundo e o outro.

(enervam-me sobremaneira, estes paternalismos, da mesma forma que me irritam aqueles ateliers exuberantes de escrita criativa que as faculdades gostam de implementar. ponho-me logo a pensar que aquilo é para angariar dinheiro para pagar a limpeza dos vidros à molly maid, ou assim)

da maneira que isto está, não se deita nada fora. gabo ao gabriel o sentido da oportunidade.

Anónimo disse...

por favor, ler em courier 8:

estava ali a sentir-me má como as cobras: eu adoro o homem, aquela escrita bafejada simultaneamente pelos ventos do céu e do inferno.

Amenophis disse...

" O comandante olhou para Fermina Daza e viu nas suas pestanas os primeiros pingos de um orvalho de Inverno. Depois olhou para Florentino Ariza, o seu domínio invencível, o seu amor impávido, e ficou assustado pela suspeita tardia de que é avida, mais que a morte, que não tem limites.
- E até quando pensa o senhor a continuar neste ir e vir dum caralho? - perguntou-lh
Florentino Ariza tinha a resposta preparada há já cinquenta e três anos, sete meses e onze dias com todas as suas noites.
- Toda a vida - disse."
" O Amor em tempod de cólera"

Neste dia de mais uma americanização de Portugal,
do santo valentim,
(inventado por cá nos centros comerciais,tempos atrás),
o final do livro do Gabriel,
que é muito melhor a escrever do que a opinar.