Para não esquecer...

A BOLA (AINDA) É REDONDA

A “Bola” tem “Conteúdo reservado a utilizadores registados com uma subscrição activa.” Tem. Outros fazem o mesmo e, até certo ponto, compreende-se. Não compro a “Bola”

(em papel),
nem subscrevi a sua edição electrónica mas, quando posso, às vezes, na diagonal, intento uma leiturinha dos opinadores de serviço, excepto do serviçal MST, cujo veneno me abstenho de provar, mesmo lendo, porque já me avisaram que existem estudos científicos
[em que creio],
com tese expressa de que veneno, mesmo escrito, pode matar e, como ainda sou novo
[e li o “Nome da Rosa”],
fico para ver Sócrates, em reprise, emborcar a cicuta, a verdadeira, a dos votos, no Pathernon, que bem poderá ser a Torre de Belém.

Mas, não é sobre esta maçada,
[ou será massada?]
que desejo escrever, não. É mesmo da “Bola” e da escrita a que Vítor Serpa, de forma recorrente, já nos habituou. A lucidez, a transparência, a honra, a honestidade, a tolerância, entre outras
[a ordem é aleatória],
são bens minguados que um certo partido, maioritariamente absoluto, se tem encarregado de promover, extinguindo. J. Locke, rapaz expedito, inglês, apesar de Blair, encheu o séc. XVII de
[bons]
pensamentos, em que a preocupação central se situava, isso mesmo, nas pessoas. Congeminou um certo “Contrato Social” em que o cidadão abdicava de parte da sua liberdade, depositava-a no Estado a quem competia a defesa intransigente da vida, da liberdade, protegendo cada um da doença e, pasme-se, ia ao limite de atribuir ao Estado competência e obrigação de amaciar ou eliminar a própria dor
[não esclareceu se apenas a física, ou todas, inclino-me para todas].
Ora, o que Vítor Serpa nos conta, escrevendo, é o fim anunciado de qualquer “contrato social”; o esquecimento premeditado
[só pode]
das pessoas, apesar do imberbe “choque” que acometeu o pm, ao saber como na África profunda – para onde levaram a “Jangada” –, se tratam os indígenas.

Serpa convoca B.Brecht
[a Portugal]
para nos falar do individualismo exacerbado, do egoísmo serôdio e de como estamos paulatinamente a construir a selva ou a regressar à expedita lei do mais forte. Mas o melhor, mesmo, é ler:

Vítor Serpa na Bolaescrito por Jerónimo Costa

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