Hoje
[mais logo]Fátima voltará a ser o cenário de festança religiosa. Não sei se por lá estará de novo o sr presidente da república ou o sr ministro da presidência. Estiveram ontem e já dei conta das cócegas que tais presenças me fizeram. Quero agora explicar o porquê das cócegas.
A razão é simples: não consigo ver a convivência fácil entre o poder político e o poder religioso sem que me lembre de Cerejeira e Salazar, ombro com ombro
[mesmo que se diga que o segundo não apreciaria particularmente o primeiro].E o que tudo indica é que a associação não é exclusiva de Portugal
[não consigo esquecer a recusa de João Paulo II em beijar o solo de Timor, numa altura em que os timorenses eram massacrados].A cantora chilena Violeta Parra confirma-o na canção cuja letra interpela o Vaticano nestes termos:
Miren cómo nos hablan
de libertad
cuando de ella nos privan
en realidad.
Miren cómo pregonan
tranquilidad
cuando nos atormenta
la autoridad.
¿Qué dirá el Santo Padre
que vive en Roma,
que le están degollando
a su paloma?
Miren cómo nos
hablan del paraíso
cuando nos llueven balas
como granizo.
Miren el entusiasmo
con la sentencia
sabiendo que mataban
a la inocencia.
El que ofició la muerte
como un verdugo
tranquilo está tomando
su desayuno.
Con esto se pusieron
la soga al cuello,
el quinto mandamiento
no tiene sello.
Mientras más injusticias,
señor fiscal,
más fuerzas tiene mi alma
para cantar.
Lindo segar el trigo
en el sembrao,
regado con tu sangre
escrito por ai.valhamedeus
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