- Este governo é nacional
[a sua grande preocupação é o défice nacional, seja lá isso o que for; a economia nacional, seja lá isso o que for, não certamente a dos trabalhadores. A Nação].
Este governo é, diz ele próprio, socialista. Juntando as peças -- este governo é nacional-socialista[NZ].
- Quando se quer auto-promover, este governo NZ diz que, com menos professores e mais alunos, obteve mais sucesso nas escolas
[admitamos que sim, que se obteve. Mas ele, não: quem trabalhou nas escolas, sim].
Que aumentaram significativamente os níveis da cobrança fiscal[por mérito de quem trabalha no sector, certamente].
O mínimo que se exigiria, em consequência, era que este governo NZ reconhecesse, de algum modo, essa maior rentabilidade dos trabalhadores. - Para reconhecimento, esses motivos bastariam, se outros não houvesse. Mas há: este governo NZ congelou os funcionários públicos; este governo NZ, quando aumentou os trabalhadores, aumentou abaixo da inflação; este governo NZ fechou grande parte do país social; este governo NZ, alegando que assim compensará a função pública, diz que vai aumentar agora ao nível da inflação
[como se antes não tivesse congelado, suprimido, degradado; como se acreditássemos que a inflação que ele propagandeia agora fosse, ao contrário do que tem sido, a efectiva].
- Em vez de compensar os trabalhadores da função pública, este governo NZ reconhece que foi à custa desses trabalhadores que conseguiu o que se conseguiu e, confessadamente e reiteradamente, confessa que aos mesmos fez umas maldadezinhas.
- O Sindicato Independente dos Médicos aderiu à greve de hoje. Foi a primeira vez nos últimos 4 anos. O porta-voz do sindicato justificou a adesão com "o autoritarismo, a prepotência e a arrogância do Governo". Lembrou que o modo de este governo NZ ver os -- e se relacionar com os -- sindicatos faz lembrar o modo do governo dos anos 30. Mas, nesses anos, recorda, tratava-se de um governo nacional-socialista. Teríamos agora um socialista nacional. Um NZ, diria eu.
- Se este governo é socialista, puta que pariu tal socialismo em vez de o ter abortado.
escrito por ai.valhamedeus
6 comentário(s). Ler/reagir:
INTEGRAL SUBSCRIÇÃO!
abr
paulo
A mim, só verdadeiramente me incomoda, pensar na careta de satisfação do min das finanças ao contar hoje os euros que arrecadou por via da greve.
Mostrámos-lhes que os não tememos, é certo, mas os gajos, sustentados em metade do eleitorado ps e se calhar a quase totalidade do do psd, continuam a dar-se ares de arrogância nunca antes vista.
Este governo está-se a tornar um case study e o povo que o sustenta , em minha opinião, também anda necessitado de um experiente divã... a ver se acorda...
Ó vitor m,
essa da satisfação da caronha do ministro poderá não ser bem assim. Se assim fosse, a caronha ficaria satisfeitíssima se toda a gente fizesse greve (a quantidade de massa que o gajo arrecadava!) e, portanto, tristíssima, se ninguém fizesse (não arrecadava massa nenhuma).
Ora não acredito em nenhuma das hipóteses. Tens a contra-prova no esforço que os caronhos fazem para "diminuir" o número dos grevistas.
Abraço solidário.
"O Governo prevê uma taxa de inflação em 2008 de 2,1%, mas a Comissão Europeia prevê 2,4%. Para 2008 o Governo pretende impor aos trabalhadores da Administração Pública uma revisão salarial pelo valor mais baixo -- 2,1%".
A perda salarial nos últimos 4 anos foi de 10%.
Em 2008, "a quase totalidade dos professores está impedida de progredir na carreira. Assim, as alterações salariais para os professores dependem apenas da revisão anual".
O que me custa e me faz perder qualquer tique de patrioteirismo, é que em 2009 lá estará Sócrates outra vez para acabar a devastação iniciada em 2005; e, se não estiver Sócrates, lá estará Menezes e a prole alaranjada para fazer o mesmo. De uma forma ou de outra, vamos dar ao mesmo... Com alternativas destas, Portugal tem o que merece - e que pena eu ser português!
Abraço,
ALM
Bem observado. Começa a não haver quorum para endireitar a coisa.
Se não fosse por Gil Vicente, D.João II e um par de gajos porreiros que me antecederam... renunciava à nacionalidade.
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