[depois de devidamente analisados os acontecimentos do fatídico 11 de Setembro]o governo dos Estados Unidos da América
[«para defender a nossa liberdade e as nossas vidas»]declarou a guerra ao terrorismo e, para isso, tomou medidas exemplares e radicais: invadiu dois países, limitou seriamente liberdades individuais, prendeu centenas de pessoas, deportou outras centenas, fez perder milhões de dólares às companhias aéreas e milhares de horas aos utentes dos aviões a quem mandou descalçar nos aeroportos e confiscar até os corta-unhas.
Neste preciso momento ninguém se sente mais seguro nem mais livre. Para o provar, dois professores estado-unidenses acabam de publicar um livro onde põem o preto no branco
[ David Cole e Jules Lobel, Less Safe, Less Free, Why America Is Losing the War on Terror, 2007].A voo de pássaro
[só para abrir o apetite à leitura do livro]Deixo alguns números incluídos no livro:
Em 2001 houve 1732 ataques terroristas no mundo; no ano passado foram 6659. Até Julho de 2003 houve 16 ataques de guerrilha no Iraque; entre Maio e Julho de 2007 houve 161.Em conclusão, e contrário ao anunciado e pretendido, o mundo está hoje muito mais inseguro e os estado-unidenses são cada dia menos livres.
Das 262 pessoas que em 2006 o Departamento de Justiça acusou de terrorismo ou de vínculos com terroristas, só 2 foram foram encontrados culpados.
Dos mais de 5000 estrangeiros detidos em território estado-unidense, entre 2001 e 2003, nenhum foi condenado.
Dos mais de 80.000 estrangeiros obrigados a registar-se porque considerados suspeitos, nem um só foi condenado por terrorismo.
Não puderam provar nada aos mais de 500 deportados por suspeitas de estarem relacionados com o 11 de Setembro.
Não se julgou ainda nenhum dos 775 detidos em Guantânamo, nem se provou delito algum contra eles.
Desde o 11 de Setembro até agora não se detectou uma só célula de Al Qaeda em território estado-unidense.
Em quatro anos o orçamento aprovado para a guerra do Iraque atingiu os 413 biliões de dólares e 236 biliões para a segurança interna.
Até ao dia 16 de novembro já tinham morrido 3.867 soldados estado-unidenses.
escrito por José Alberto, Porto Rico
0 comentário(s). Ler/reagir:
Enviar um comentário