Palestina livre!

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MORREU O CÓNEGO MELO

Morreu ontem.

Que a terra lhe seja bem pesada!

escrito por ai.valhamedeus

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MENOS SEGUROS E MENOS LIVRES

Less freeHá quatro anos

[depois de devidamente analisados os acontecimentos do fatídico 11 de Setembro]
o governo dos Estados Unidos da América
[«para defender a nossa liberdade e as nossas vidas»]
declarou a guerra ao terrorismo e, para isso, tomou medidas exemplares e radicais: invadiu dois países, limitou seriamente liberdades individuais, prendeu centenas de pessoas, deportou outras centenas, fez perder milhões de dólares às companhias aéreas e milhares de horas aos utentes dos aviões a quem mandou descalçar nos aeroportos e confiscar até os corta-unhas.

Neste preciso momento ninguém se sente mais seguro nem mais livre. Para o provar, dois professores estado-unidenses acabam de publicar um livro onde põem o preto no branco
[ David Cole e Jules Lobel, Less Safe, Less Free, Why America Is Losing the War on Terror, 2007].
A voo de pássaro
[só para abrir o apetite à leitura do livro]
Deixo alguns números incluídos no livro:
Em 2001 houve 1732 ataques terroristas no mundo; no ano passado foram 6659. Até Julho de 2003 houve 16 ataques de guerrilha no Iraque; entre Maio e Julho de 2007 houve 161.
Das 262 pessoas que em 2006 o Departamento de Justiça acusou de terrorismo ou de vínculos com terroristas, só 2 foram foram encontrados culpados.
Dos mais de 5000 estrangeiros detidos em território estado-unidense, entre 2001 e 2003, nenhum foi condenado.
Dos mais de 80.000 estrangeiros obrigados a registar-se porque considerados suspeitos, nem um só foi condenado por terrorismo.
Não puderam provar nada aos mais de 500 deportados por suspeitas de estarem relacionados com o 11 de Setembro.
Não se julgou ainda nenhum dos 775 detidos em Guantânamo, nem se provou delito algum contra eles.
Desde o 11 de Setembro até agora não se detectou uma só célula de Al Qaeda em território estado-unidense.
Em quatro anos o orçamento aprovado para a guerra do Iraque atingiu os 413 biliões de dólares e 236 biliões para a segurança interna.
Até ao dia 16 de novembro já tinham morrido 3.867 soldados estado-unidenses.
Em conclusão, e contrário ao anunciado e pretendido, o mundo está hoje muito mais inseguro e os estado-unidenses são cada dia menos livres.

escrito por José Alberto, Porto Rico

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A GLOBALIZAÇÃO DO TERROR

A globalização do terrorEscalada da violência, guerras difusas e furor religioso: cada qual à sua maneira, o antropólogo René Girard e o filósofo Peter Sloterdijk elaboraram, para o Le Monde des Livres, uma geopolítica do ressentimento.


[clique nas imagens para ler o texto]
A globalização do terrorA globalização do terror
escrito por ai.valhamedeus

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AS VARAS QUE ELES USAM

Pensemos por um momento que na invasão do Iraque não pesou o petróleo. Só o estabelecimento da democracia e a luta contra o terrorismo. E pensemos que no Afeganistão não pesou o gasoduto. Só mesmo a luta contra o terrorismo. Quem participe num acto terrorista merece a morte. Ou seja, a luta contra o terrorismo é tão importante que bem justifica a morte de quase um milhão de pessoas

[de pessoas é como quem diz, de afegãos e iraquianos].
Na semana passada um tribunal da Califórnia pôs em liberdade um tal Posada Carriles com uma caução de um par de dólares. Pagou-a e foi a correr para a casa de familiares e amigos na Florida
[até aqui nada que não aconteça todos os dias].
O que faz este caso interessante é que Posada Carriles é uma velha personagem cheia de fama no mundo e na história do terrorismo.

Nasceu em Cuba. Desde que a Revolução triunfou, passou a trabalhar para a CIA. Uma década depois, organizou o derrube de um avião da "Cubana de Aviação" com um saldo de sete dezenas de mortos, quase todos membros jovens de uma delegação desportiva.

Como entretanto tinha conseguido a naturalização venezuelana e o crime foi cometido nesse país, ali foi julgado e condenado.

Um par de anos depois, fugiu da prisão e correu vários países. Há uns anos atrás, organizou um atentado contra Fidel Castro quando este visitou o Panamá. Foi preso e condenado naquele país
[Cuba pediu a sua extradição mas o Panamá não o extraditou].
Uns meses antes de terminar o seu mandato, a presidente do Panamá, Mireia Moscoso, indultou-o. Disse ela que por razões humanitárias
[até hoje ninguém sabe quanto recebeu essa senhora por tão humanitária acção. As más línguas falam em três milhões de dólares].
Uma vez fora da prisão, entrou ilegalmente nos Estados Unidos da América. Foi preso por entrada ilegal no país. Venezuela e Cuba pediram de novo a sua extradição. O governo estado-unidense negou-lhes o pedido com o argumento de que nesses países não há garantias de que não será torturado
[para os mais distraídos, a base militar de Guantânamo está situada em Cuba. E pelos escritos de investigadores estado-unidenses, sabemos hoje que centenas de prisioneiros estão há 4 anos presos sem julgamento e são periodicamente interrogados sob tortura].
Em conclusão, Posada Carriles é um terrorista conhecido e reconhecido que já foi condenado duas vezes por crimes de terrorismo
[em ambos os casos ninguém protestou porque os governos da Venezuela e do Panamá eram muito democráticos, amigos e confiáveis].
O governo dos Estados Unidos conhece o seu passado e mesmo assim protege-o. Daqui se infere que: um terrorista só é verdadeiramente um terrorista perigoso e merecedor da morte, dependendo do país em que nasceu ou da nacionalidade das suas vítimas.

escrito por José Alberto, Porto Rico

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