Para não esquecer...

COMÉRCIO TRADICIONAL (2)

Carlos Vieira escreve aqui que o comércio tradicional está condenado.

Concordo com a sua opinião mas discordo das bases da sua argumentação.

A “culpa” não é dos licenciamentos absurdos, desmesurados e incontrolados de novas e grandes superfícies comerciais que proliferam por todo esse país

(não é só em Viseu).
A culpa é dos próprios comerciantes.

As associações comerciais deste país deveriam preocupar-se menos com estudos ad-hoc de emprego, área comercial, comparações com outros países; a sua preocupação central, se não mesmo única, deveria ser o combate ao conformismo instalado no comércio tradicional português.

Ao contrário dos outros países, os comerciantes ditos tradicionais só o são porque pararam no tempo – lojas pequenas, mal iluminadas, com um atendimento péssimo e mal encarado
(já não me recordo de ser freguês numa loja simpática, em todos os sentidos – ambiente e pessoal).
A grande diferença não é o preço, o estacionamento ou mesmo a diversidade de oferta – é sim o nível de serviço oferecido pelo Comércio Tradicional em Portugal.

Para terminar deixo-vos um pequeno desafio:
instalação de electrodomésticos em casa: peçam numa loja dita tradicional que vos instale um frigorífico ou um esquentador a um sábado à tarde e façam o mesmo pedido ao balcão de um grande operador.
Um abraço.

escrito por ai.que.me.foram.ao.bolso.outra.vez.com

1 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Tá bem que o pessoal se conformou/resignou perante o avanço das grandes superfícies, mas isso não nos deve pôr ao lado dos assalariados/escravos do Belmiro. E muito menos dar os nossos euros apenas a ele e a outros capitalistas. Até porque, nem todas essas cadeias prestam bons serviços, tal como nem todos os pequenos comerciantes são mal-encarados e indisponíveis.
Eu sou dos que entendem que aos sábados e domingos só deveriam estar abertos os serviços de urgência de hospitais, bombeiros e polícia.
Todos os restantes trabalhadores deveriam ser obrigados a divertir-se e não a andar a cuscar ou consumir merdices nos centros comerciais que inundam este pequeno e pobre país.