O actual presidente do conselho de ministros, quando candidato, prometeu a criação de 150.000 empregos. Volta e meia anuncia que está no bom caminho: que o futuro vem aí...
E o nariz de Pinóquio não cresceria, se não fossem os números. Em meados do último Maio, a taxa de desemprego conhecia a maior subida dos últimos 15 anos.
Mesmo assim, não é raro o governo anunciar a criação de empregos
[no Natal passado, situou o número acima dos 100 mil];sem que jamais explique como é a qualidade do emprego criado
[a precariedade é das situações mais terríveis, ainda que, em termos numéricos, sem significado...].No terceiro trimestre de 2006, a taxa de desemprego era de 7,4%; cresceu, no terceiro trimestre deste ano, para uma taxa de 7,9%
[e os números oficiais sobre o desemprego não incluem, pelo menos, dois grupos de desempregados de facto: os "Inactivos Disponíveis" e o "Subemprego Visível". Dois grupos com um peso cada vez maior em Portugal].Mas o presidente do conselho de ministros garante que o seu crescimento está contido
[o que é que o talvez-licenciado-em-engenharia entenderá por "conter o crescimento" do desemprego?].E acrescenta que no próximo ano é que a coisa se vai resolver
[o ministro da Saúde há tempos também anunciava que os resultados de medidas tomadas pelo seu ministério só seriam visíveis em 2009. São os discípulos de um ex-primeiro ministro, também pê-èsse, que anunciou um dia a luz ao fundo do túnel, sem que jamais se tivesse visto o fundo ao túnel]...As notícias de ontem acinzentavam o panorama: atingimos o máximo de falências dos últimos 10 anos.
O DN, que dá a notícia, também comenta em editorial que este facto não é necessariamente negativo: e faz a comparação com o disparo dos divórcios após o 25 de Abril: em ambos os casos "desempoeirou-se" a legislação e as dissoluções permitidas aumentaram exponencialmente. Se o editorialista tem razão,
- parece que a causa das falências das empresas é a permissão da legislação;
- quando "desempoeirar" a legislação que facilite o desemprego (e este governo socretino lá irá...), teremos o desemprego a subir em flecha... Queira Deus que se não "desempoeirem" outras legislações...
escrito por ai.valhamedeus
2 comentário(s). Ler/reagir:
E é bom não esquecer que Os presidentes das empresas portuguesas ganham, em média, 21 700 euros por mês, um valor 30 vezes superior ao do ordenado mensal médio dos trabalhadores por conta de outrem, que é de 720 euros.
(e não foram contadas as outras benesses: carro, chauffer, cartão de crédito, facilidades no crédito, despesas de representação, etc. etc.)
Na "pobre" Alemanha ganham 10 vezes mais.
Esta é a politica solidária e socialista do governo pêésse.
Merda para este socialismo e mais para quem o inventou e o aplica.
De tanto querer um Choque/Plano Tecnológico em Portugal, Sócrates esquece as desvantagens disso: é que, com os números forjados com que se masturba, ele parece viver já num Portugal virtual!
ALM
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