Todos os nossos ministros leram Maquiavel. E o nosso primeiro sabe-o de cor e salteado. Diz o Fiorentino algures no seu Príncipe que o mal deve ser feito de repente e o bem, aos poucos.
Passado o período do “mal”, há que fazer o “bem”. Correia de Campos foi-se, veio Ana Jorge. Foi o demónio, veio o anjo? Tudo indica que sim. A senhora ministra não vai mudar nada, mas vai dar um ar mais humano à coisa. É dos livros.
Na cultura, a política inarrável de Pires de Lima vai dar lugar a Pinto Ribeiro e à sua política. É estranha a substituição de Pires de Lima. Ainda que contestada, a mulher não o era mais do que outros ministros. Só tinha uma coisa pior: não se sabia a política. Pinto Ribeiro é um homem inteligente e culto, ainda que um pouco
(digo pouco porque foi meu professor de Comercial)vaidoso. Dificilmente será mais desastrado do que Pires de Lima.
Em ambos os casos é natural que a política não se modifique, mas a sua forma, sim. Ainda que no caso da cultura nunca se tivesse vislumbrado qual era ela.
escrito por Carlos M. E. Lopes
1 comentário(s). Ler/reagir:
E o Ali Bábá, senhor!
Este caça milhões vai resistindo?
Como?
Porquê?
Até quando?
Já fez malfeitorias mais que suficientes para merecer um melhor tacho ou uma merecidíssima reforma.
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