Para não esquecer...

O SR. MIGUEL CONTINUA A DISPARATAR

O sr. Miguel, de apelidos Sousa Tavares, continua a ser pago para dizer disparates na TVI. Pago para falar do que não sabe. Hoje defendeu a ministra da educação e atacou os sindicatos

[a Fenprof é inimiga de estimação, expressa, do sr. Miguel]
com uma teoria muito original: os sindicatos fazem oposição através de providências cautelares. A ideia é esta: se o governo é eleito e, portanto, é legítimo e legisla e é fiscalizado pela Assembleia da República, não é admissível que a opinião de um qualquer juiz possa opor-se à política assim decretada e legitimada. O sr. Miguel
[que, segundo se diz mas eu já duvido, sabe de leis]
ou é parvo ou se faz, quando segue o governo pê-èsse na ideia de que as decisões dos tribunais são coisa de somenos
[recordo que há despachos de secretário de estado a contrariar decisões expressas de tribunal e hoje mesmo a ministra disse que o processo de avaliação iria continuar independentemente de providências cautelares]:
se fosse como o sr. Miguel gostava que fosse, estaríamos entregues à bicharada
[que é como quem diz, às arbitrariedades governamentais].
Mas, voltando ao sr. Miguel, o sr. Miguel deu 2 exemplos para ilustrar a tese de que os tribunais estão a ajudar a fazer oposição. Primeiro: as decisões dos tribunais que obrigam o Ministério da Educação a pagar, como horas extraordinárias, as aulas de substituição. E o sr. Miguel explica que não há qualquer direito a pagamento de horas extraordinárias
["supletivas", diz o sr. Miguel. Horas supletivas, era quando os pais do sr. Miguel ainda o não levavam a restaurantes],
porque as aulas são dadas "dentro" do horário do professor. Disparate de ignorante atrevido
[mas que pode convencer o grande público desinformado]!
O ignorante do sr. Miguel não sabe que o horário dos professores tem uma componente lectiva e outra não lectiva e que o que está em causa é o facto de os professores darem aulas durante o período da componente não lectiva. Um sr. Miguel ignorante e atrevido. E, na sua qualidade de parvo ou fingindo de tal, vai ao ponto de dizer que, como o Ministério não tem dinheiro para pagar as horas extraordinárias, lá se iria a reforma
[qual reforma, sr. Miguel?]
por água abaixo
[na próxima semana, ainda o haveremos de ouvir a defender que, pela reforma, os professores devem trabalhar de borla].
Segundo: as providências cautelares em relação ao processo de avaliação não podem impedir que seja posto em prática o direito
["direito", foi a palavra que usou, repetindo, mais uma vez, uma ideia singular que a ministra apresentara uns minutos antes]
de os professores serem avaliados. As providências cautelares não podem pôr em causa a avaliação. O ignorante do sr. Miguel não faz ideia do que está em causa, na pressa com que se pretende pôr em marcha este processo de avaliação. Não percebe, por exemplo, que é a lei que este governo fez que faz depender das recomendações de um conselho o andamento do processo
[é o mesmo governo que despacha a alteração da lei que fez, delegando na presidente do conselho o que ao conselho inexistente compete].
É embrulhada demais para a compreensão do sr. Miguel, que também ignora que o andamento do processo está condicionado a outros processos como é, por exemplo, a revisão do regulamento interno.

Talvez o sr. Miguel pudesse perceber isto tudo, se investigasse antes de se pronunciar. Mas a investigação é penosa -- e desnecessária para as tolices que um comentador generalista pode impunemente emitir. Desnecessária para ganhar umas coroas
[que a tolice não paga imposto...].
escrito por ai.valhamedeus

3 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Esta postura da TVI ao traduzir factos em opiniões, através de este e outros opinion makers, mostra como pretendem tornar-nos a todos imbecis.
Então o povo não será capaz de formar opinião através da notícia crua e dura?
Precisaremos destes gurus?
p. q. o. p.

vitor m

Anónimo disse...

Apoiado. Esse senhor deve ter um diferendo com um professor do filho que lhe escreveu quando ele era director da revista"Grande Reportagem" a dizer que tomasse ele conta do filho e o educasse em vez de delegar essas funções na escola. Tinha razão, mas escreveu anonimamente. O Miguel Sousa Tavares publicou a carta, valha a verdade, mas arrasou-o. Ou não ser ele o director da revista na época e ter direito a um editorial...
A minha intuição diz-me que deve ter tido alguma paixoneta por uma professora e "levou com os pés". Dessa e de mulheres bonitas. A julgar pelas diatribes contra os professores e as mulheres bonitas. Que eu já li.

Anónimo disse...

Pois é!
Outro dia, esta luminária, despedia-se de um amigo, dizendo:
- Inté à próxima, se não nos virmos antes!!!
Até o Kalino assinava por baixo!