Para não esquecer...

PABLO CASALS OUTRA VEZ

Chegou de novo o Festival Pablo Casals a São João de Porto Rico, pátria adoptiva do grande violoncelista. Todos os anos se celebra, se festeja, se goza esta figura.

A inauguração esteve a cargo da Orquestra Filarmónica de Dresden, dirigida pelo espanhol Fruhbeck de Burgos. Escolha acertada. O clímax da noite foi atingido quando a Orquestra acompanhou a jovem pianista Simone Dinnerstein.

Umas horas antes do concerto, a pianista disse à imprensa: «A minha grande ilusão é que cada vez que alguém me oiça, a sua vida seja um pouco melhor... mesmo que seja só por alguns momentos». Durante o concerto e muitas horas depois... a minha vida foi um pouco melhor.

Tocou, totalmente de memória, o Concerto N. 5 (Imperador), de Beethoven. Realmente impressionante. Tocou, viveu, fez ouvir, fez viver.

A pianista de Nova Iorque, galardoada com o Prémio Classical Recordien Foundation, em 2006, pela gravação de Variações Goldberg, de Bach, escolheu um piano Steinway, de entre os três postos à sua disposição pelo Centro de Belas Artes, onde decorre o Festival.

O Festival já valeu a pena só pelo concerto de inauguração. Mas há muito mais. Se foi assim o aperitivo... faz-se-me a boca lapacheiro ao pensar em todos os pratos que faltam, incluindo os doces e as bebidas.

escrito por José Alberto, Porto Rico

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