Ontem ouvi uma entrevista que a SIC fez a um ministro. Como não recordo o nome
[um tipo qualquer que deve ser pedagogo e estará a cobrar os jeitos feitos ao PS]aqui vai a sua fotografia.
O tema era ainda a manifestação dos professores. O homem riu-se durante toda a entrevista
[deve ter estudado política numa das escolas pós-modernas dos Estados Unidos]e iniciava todas as suas respostas com o estribilho «a resposta é muito simples» ou «está tudo muito claro»
[como se estivesse a dirigir-se aos internados de um hospital psiquiátrico ou de um programa especial para pacientes com síndrome de down].Quando para um ministro é tudo tão claro e simples, ou é cínico ou é atrasado mental, porque a realidade da educação não é tão diáfana, nem as soluções são fáceis em nenhuma parte do mundo.
Disse o ministro
[entre outras barbaridades que o entrevistador ouvia com ar atónito]que hoje em dia é muito fácil
[!]organizar uma manifestação para contestar o governo.
A esse rapazito alguém devia dizer-lhe
[porque duvido que tenha gastado cinco minutos da sua «exitosa» vida a informar-se do que se passou um par de anos antes que a sua mãe o concebesse]que um tal Salazar nunca conseguiu reunir cem mil pessoas no tempo em que lhes pagava as viagens e ameaçava com despedimentos a quem não aceitasse tão generoso convite para ir a Lisboa a aplaudir sabe-se lá o quê.
[As camionetas iam cheias, mas em Lisboa as pessoas iam ao Jardim Zoológico, ao Cristo-Rei ou a Belém para ver a ponte e o Mosteiro dos Jerónimos].Também disse
[para apoiar a desapoiada ministra]que os professores protestam porque, com a reforma da ministra, vão ter que trabalhar.
[Haverá reforma que ponha a trabalhar os ministros?]Entre as medidas que salvarão a educação em Portugal apresentou as aulas de substituição. O dito ministro
[como passa com todos os ministros que só estão interessados em defender o governo pelo tacho]não disse que nos países onde há aulas de substituição, esse trabalho é pago. Não se impõe aos professores. Aplicar normas esclavagistas aos professores é a maneira mais fácil de resolver um par de problemas económicos do actual governo. Mas a educação... como pensam resolver realmente os seus problemas?
escrito por José Alberto, Porto Rico
2 comentário(s). Ler/reagir:
Mal empregada prosa com tão ruim defunto.
Para o "Boca Doce" tudo é "simples" e "claro".
Dos "Simples" e neste caso para o SIMPLÓRIO
Pela estrada plana, toc, toc, toc,
Guia o jumentinho um ministro errante
Como vão ligeiros, ambos a reboque,
Antes que anoiteça, toc, toc, toc
O ministro atrás, ministra adiante!...
Toc, toc, o "boca doce" vai para o moinho,
Tem muito poucos anos, bem curto rol!...
E contudo alegre como um passarinho,
Toc, toc, e fresco como o branco linho,
De manhã nas relvas a corar ao sol.
Vai sem cabeçada, em liberdade franca,
O "boca doce" ruço duma linda cor;
Nunca foi ferrado, nunca usou retranca,
Tange-o, toc, toc, que amor
Com o galho verde duma giesta em flor.
Vendo este ministro, encarquilhado e bento,
Toc, toc, toc, que recordação!
O seu chefe ceguinho se me representa...
Tinha eu seis anos, tinha ele quarente,
Quem me fez o berço fez-lhe o seu caixão!...
Toc, toc, toc, lindo burriquito,
Ofegante de emoção
Nada mais gracioso, nada mais bonito!
A ministra da confusão
Com certeza ia num burrico assim.
Guerra Junqueiro que me perdoe que esta alimária não merece, não.
Xozé del Almargem
Para quem quiser ouvir o "Boca Doce" a zurrar siga este caminho
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