Segundo me disseram, não houve feudalismo em Portugal, uma vez que o poder central impediu ou impedia o nascimento dos senhores feudais, como os conhecemos na resto da Europa.
O que se discute no caso de Jorge Coelho é se ele deveria ou não assumir um cargo no domínio empresarial privado. Desde os incondicionais do sim, aos incondicionais do não, há de tudo.
Parece-me que, num país normal, com um forte sector privado independente do Estado, a nomeação de Coelho seria normal. Ninguém levantou problemas com a entrada de António Mexia no governo e a sua saída para a EDP. O problema de Jorge Coelho é que não se conhece qual o curriculum dele como gestor. Por outro lado, sabe-se da dependência das empresas
(o nosso “dinâmico” sector privado)em relação ao Estado. E não é preciso lembrar o “saneamento” de Marcelo da TVI. E aí, sim, põe-se a questão de saber, como Pedro Norton o faz, se os accionistas da Engil não viram nele só e apenas o ágil político que pode obter bons negócios para a empresa. Só isto.
escrito por Carlos M. E. Lopes
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