A ministra da educação abrandou, durante uns tempos, os ataques aos professores. O entendimento com os sindicatos parece ter-lhe aguçado novamente as garras. Era hábito da dona Lurdes chamar estúpidos aos professores
[vejam-se aqui algumas provas].Voltou ontem à táctica, na extensa entrevista ao Correio da manhã. Diz a dona que "os professores foram induzidos no erro de pensar que era possível não haver avaliação e daí não ocorrerem nenhumas consequências". Mais uma vez, portanto, os professores se teriam deixado enganar.
Mas as tonterias da senhora não ficaram por aqui. Só mais um exemplo, ainda a propósito da avaliação, que, em palavras da própria, "no anterior modelo não tinha qualquer consequência em termos de progressão na carreira". Ora,
- isto é pura mentira: eu próprio conheço professores, na Escola onde trabalho, que não progrediram em resultado da avaliação. Não é a avaliação que faz a grande diferença entre este modelo e o anterior, no que à progressão diz respeito; a grande diferença é feita pela introdução de cotas para a categoria(?) de professor titular: o que na prática significa que, de 2 professores com classificação igualmente boa, possa um progredir e outro, não. Incompreensivelmente -- se o que se pretende é, como frequentemente repete a ministra, uma avaliação que distinga os bons professores dos maus;
- parece haver aqui um recuo da dona, ao admitir que já antes havia avaliação, tratando-se agora de uma mudança de modelo ou paradigma. No entanto, quando o entrevistador
[cujas perguntas são completamente tendenciosas, no sentido de reforçar a imagem negativa dos professores]
introduz uma pergunta com a afirmação "Foram precisos muitos anos para se arranjar um modelo de avaliação dos professores", a entrevistada acrescenta que não foi só para os professores mas para outros funcionários públicos. Incrível, a má fé desta criatura, ainda que fale com um indiscutivelmente bem conseguido ar de beata!
escrito por ai.valhamedeus
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