Para não esquecer...

VIVA A LIBERDADE ECONÓMICA CUBANA!

Em Cuba, a democracia pós-Fidel está em marcha e a dar bons resultados. Acabaram já as proibições que
[cito um jornal de língua castelhana],
"dilaceravam os cubanos", como a de comprar dvds ou computadores ou telemóveis. Com o fim deste veto ao consumo, finalmente os cubanos podem matar a sede consumista
[um dos armazéns de electrónica mais importantes da capital afirma ter recebido, desde 1 de Abril, o triplo da quantia habitual de CUC, os pesos convertíveis com que têm que ser comprados estes bens, com valor 24 vezes superior ao do peso cubano]
e ser mais felizes.

O que mais surpreendeu, pelos vistos, foi a quantidade de dinheiro que os cubanos tinham guardada debaixo dos colchões. Levantaram-se os colchões... e as primeiras motos eléctricas, vendidas a 1.000 CUC equivalentes a cerca de 770 euros, já circulam pelas estradas e começam a aparecer os negócios associados à... liberdade comercial, como o do aluguer de dvds piratas a 5 pesos.

Deixo aqui uma sugestão às empresas que operam numa área bem conhecida em Portugal e noutros países em que a liberdade económica tem florescimento adulto: é este o momento de a Cofidis e as congéneres que vendem a facilidade e a felicidade do consumo pensarem no investimento em Cuba. Não tardará
[ou já não tarda?],
os cubanos vão precisar de apoio.

escrito por ai.valhamedeus

3 comentário(s). Ler/reagir:

Vítor Amado disse...

Ai,meu deus...informa-te e vais encontrar justificação para o dinheiro que aparece para comprar esses bens "supérfluos":

http://dn.sapo.pt/2008/04/05/internacional/cubanos_fazem_fila_que_seja_para_os_.html

Ai meu Deus disse...

Ó Vítor Amado, a origem dos pesos (mais ou menos pesados) não é invenção minha. Escreve o insuspeito "El País" de hoje:

"La sed de consumo no ha sorprendido, pero sí el dinero guardado bajo los colchones. “¡Cómo
está el circulante en manos de mis compatriotas!”, dice el dependiente del departamento de electrónica de Carlos III, uno de los grandes almacenes más importantes de la capital, con 39 tiendas".

Como podes ver, não estou muito mal informado... De qualquer modo, obrigado pela... bibliografia.

Anónimo disse...

Só uma perguntinha ingénua: em Portugal a quantidade de euros nas mãos dos consumidores será exactamente igual à quantidade informada por estes às finanças?
Bem maior, penso eu de que...
A diferença é que em Portugal já não se esconde o dinheiro (bem ou mal havido) debaixo dos colchões.
Claro que sempre houve dinheiro em Cuba. Debaixo dos colchões dos donos dos «paladares», das «gineteras», dos taxistas clandestinos, das pessoas com familiares fora de Cuba (em especial nos USA); dos que roubam nos armazéns onde trabalham; dos que não trabalham e roubam nos armazéns, etc.
Serão assim tão diferentes estes dois países? Bom, em Portugal há muito tempo que se pode comprar de tudo nas super-abundantes e liberalíssimas superfícies comerciais. Touché!

J Alberto