Para não esquecer...

O QUE É QUE NOS ACONTECEU?

Estivemos 100.000 na rua. Com um entusiasmo

[com um tesão, diriam os brasileiros]
de que não há memória. Foi há apenas 4 meses -- e o que é que nos aconteceu, entretanto? Em que é que nos transformou um entendimento entre os sindicatos e o ministério da educação? que calmante tão potente nos deram que nos tirou a tusa toda?

Recorde-se
[em vídeo realizado por Adriana Santos]:

nota posterior: veja o nosso vídeo da manifestação dos 120.000 professores, em 8 de Novembro ou o da manifestação de professores em Viseu, a 26 de Novembro.

escrito por ai.valhamedeus

10 comentário(s). Ler/reagir:

morffina disse...

Estava um bocado em baixo, mas este vídeo é melhor que o "Red Bull"!

Obrigado

Abraço
Marco

pn disse...

...30 moedas?

Conde Nado disse...

Fala-se muito do divórcio entre os políticos e os cidadãos, mas nunca foi tão grande a distância que separa os dirigentes dos sindicatos dos professores e os professores.
Se no primeiro dos casos produz um desinteresse pela actividade política, no segundo ainda os professores sentem o sangue quente a escorrer pelas costas.

Anónimo disse...

A "porra" maior é que muitos dos 100 mil ainda defendem o cretino;
Depois os dirigentes sindicais, a começar pelo C. da Silva e a passar pelo Proença de Carvalho, são farinha do mesmo saco.

E nós, andamos aqui a ser enganados:
- Hoje por uns:
- Amanhã por outros.

Mas o importante é que nós não desistamos da luta. A gente pode morrer mas morremos de pé!

Força amigos do Ai Jesus

Anónimo disse...

A culpa pela apatia não é dos Sindicatos, mas dos professores: como é que se justifica que ainda haja profes sindicalizados? Como não dar apoio a movimentos de professores entretanto organizados e que fazem de borla o papel que caberia aos sindicatos, que são pagos para isso?
A máscara já caiu aos Nogueiras do momento - o que mais é preciso para acordar?

Anónimo disse...

Foi bonito!
Que tal repetirmos?!

Anónimo disse...

Agora já não tenho dúvidas de quem teve o papel do general russo Kutosov.
Estará a acontecer-nos o que Hélia Correia escreve no seu livro "Lilias Fraser" acerca das escaramuças com os espanhóis e quase apatia das tropas portuguesas na raia? Cito: "Teimavam contra o sangue português que gosta de aplicar-se em zaragatas mas boceja à ideia de batalha"

gabriela

Anónimo disse...

Não acredito que se repita aquela manif histórica ...
A Fenprof bem podia ter deixado os outros (FNE, Spliu, ...) a fazer o entendimento, bater com a porta e continuar a luta na rua, onde nós estávamos.
Preferiu colar-se aos pedintes de migalhas e estragou (talvez) tudo.
Quer-me parecer que eles sabem que fizeram asneira... Espero que a saibam corrigir...

Anónimo disse...

Uma parte muito importante dos tais 100 mil vive a pensar na letra do fiat uno, na prestação do t3 e na concretização do sonho que lhes comanda a vida: uma semana em varadero.

Bastou o combustivel dar um salto e a desmobilização foi instantânea - as legitimas e os legitimos desataram a rosnar noites a fio "vê lá no que te metes" e "juízo tem o marido da gaja do rés-do-chão que não se mete em politica".

Também acredito que o futebolensis contribuiu bastante para esfriar os ardores, e ainda bem, porque faz sempre bom par com o panem.

jcosta disse...

Nós que ensinamos, raramente aprendemos [!?]
Estremeço só de pensar como tão poucos "silvas" [3?] neutralizaram 100.000 professores.
Este era o filme que, de tão repetido, muitos anteviam com o desfecho de outros tempos: morrer na praia.
Sei, também por experiência, que vai ser muito difícil, principalmente agora que “Roma …paga a traidores” mobilizar professores suficientes para os duríssimos combates que se avizinham. O desânimo, o abandono, o encolher de ombros, a subserviência, e, porque não, o MEDO [que vai ter tudo] vão facilitar a vida aos que, de uma só vez e com carácter de urgência, da escola, não deixarão pedra sobre pedra , e dos professores há-de restar um simulacro para nos lembrarmos do que eram e como foram.
Este filme da Adriana é um antídoto para o esquecimento; quem dera que fosse uma convocatória para a defesa da escola pública, do ensino de qualidade e dos professores seus principais artífices.