Eu sei que tudo passa -
Ainda bem
A luz e a sombra as águas que levam
A febre a discreta pulsação
Deste momento
Eu sei que tudo morre –
Ainda bem
A rosa efémera a mesa tumular
Onde o medo inscreveu palavras
Roídas pelo vento
Eu sei que tudo volta –
Ainda bem
Por isso me sento silenciosamente
A ver as águas que não se cansam
De nascer para mim
In Duas águas, Um Rio de António Ramos Rosa e Casimiro de Brito.
escrito por Carlos M. E. Lopes
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