Para não esquecer...

hoje é sábado 10. SEXTA-FEIRA À NOITE

Sexta-feira à noite
os homens acariciam o clitóris das esposas
com dedos molhados de saliva.
O mesmo gesto com que todos os dias
contam dinheiro papéis documentos
e folheiam nas revistas
a vida dos seus ídolos.

Sexta-feira à noite
os homens penetram suas esposas
com tédio e pênis.
O mesmo tédio com que todos os dias
enfiam o carro na garagem
o dedo no nariz
e metem a mão no bolso
para coçar o saco.

Sexta-feira à noite
os homens ressonam de borco
enquanto as mulheres no escuro
encaram seu destino
e sonham com o príncipe encantado.
[Marina Colasanti]

escrito por Carlos M. E. Lopes

11 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Poesia de grande cadura e ingenuidade.

Bonito de se ver e sobreudo de se ler às crianças (ás vossas claro)

Já nada me admira.

Ainda outro dia e inadvertidamente ouvi esta conversa entre duas senhoras:

-Olha o meu marido está impotente a 300%.
-Não pode ser!!! a 100 ....
-Não, querida, a 100% já eu sabia há muito tempo. Mas agora entalou os dedos e para maior azar meu queimou a língua.

Pena que a Marina Colasanti nem o Carlos Lopes (do atletismo?) tivessem sabido disso antecipadamente

Anónimo disse...

Valeu o texto e este primeiro comentário :D
:D

1abraço

Anónimo disse...

Tadinhas das mulheres. Poema mostrando como o feminismo extremado parece machismo.

Anónimo disse...

Caro primeiro anónimo/a:
Se queimássemos tudo o que não se peve ler às crianças (porque você ache que é mau ou porque elas não entendam) haveria um enorme ganho de espaço, porque um par de bibliotecas e livrarias sobraria para o que restasse.
Ah! Os meus parabéns, porque tenho a certeza que, por coerência moral, você não tem televisão. Se pudesse imaginar o que sai desse caixote!...
J alberto

Anónimo disse...

http://www.esnips.com/doc/fe63e3ef-8cce-4827-a42d-6d28b358329d/FMI---José-Mário-Branco

Anónimo disse...

Vê-se que o alberto é um menino aberto.
É com gente assim que vamos alimentando e engordando os que vivem à custa das perversões.
O menino aberto certamente já montou banca e daí defender o seu negócio.
Mas amanhã é capaz de estar a condenar os prochenetas, os chulos e todos aqueles que vivem à custa da venda do corpo alheio.
Está a um passo de defender a pedofilia.
Às vezes ficará apenas a um mês ou a um ano de distância.

Parabens para si porque certamente a sua biblioteca estará cheia dessas obras primas.
Ah se soubesse o lixo que se escreve e a imagem que se publica

Provavelmente passaria de amoral a imoral, pelo menos

Anónimo disse...

Caro anónimo/a

Já vi que sabe escrever, mas parece que lê mal. Pelo menos não entendeu pevide do que escrevi. Se me pede com humildade posso fazer-lhe um desenho.
Não gostei do poema, mas detesto inquisidores. Não gosto de bruxas, mas celebro que a Inquisição não tenha conseguido impor os trogloditas que nesse momento pensaram que com fogueiras, nais tarde retomadas pelo KKK, poderiam ser donos e únicos «fazedores» da moral.
E na actualidade, não se esqueça que os auto-proclamados templos da moral - seminários e sacristias - têm producido mais pedófilos que as bibliotecas.

J Alberto

Anónimo disse...

Também eu detesto inquisidores, sobretudo os que usam a ironia como base de argumentação.

Reconheço não ser um bom exemplo para ninguém
Uma coisa tenho a certeza.

Sei distinguir o BEM do MAL

Aprendi a não aceitar todo o lixo que me querem vender mesmo que esse lixo venha embrulhado em papel de seda

Anónimo disse...

Sabe, isto de lixo é como com os gostos: não se discute!
Por vezes o papel de seda e o lixo trocam de lugar e não nos damos conta.
Fique lá com o papel de seda e deixe os outros com o "lixo"!
Desde que todos estejam felizes, qual é o problema?

Anónimo disse...

Se não há problema, porque é que ripostou ao tal anónimo.

Faria melhor figura se tivesse ficado calado.

Anónimo disse...

(Gargalhada sonora, muito sonora).
Estou a gostar muito desta trapalhada criada pelos anónimos dos anónimos.
O primeiro anónimo atira-se agora, a outro anónimo, como gato a bofe, pensando que sou eu. E dispara no seu tradicional estilo de inquisidor com poder para mandar calar. Que ironia! (sem argumentação).
Por mim dou o assunto por terminado. Não gastarei mais cera com tão ruim defunto.
J Alberto