Para não esquecer...

GREVE: O MINISTÉRIO TEM RAZÃO!

Uma nota do Sindicato dos Professores da Região Centro informa que 
A Direcção Regional de Educação do Centro, pela pena da sua Directora, dirigiu hoje às escolas um mail em que esclarece que uma escola sem aulas não se pode considerar encerrada. Citamos: “ (…) quando não há actividades lectivas, mas os restantes serviços estão assegurados (…) o estabelecimento não pode ser considerado encerrado (…)”.
A senhora directora tem razão. Ela e mais o secretário Pedreira, que garantiu que as escolas, na sua maioria, hoje estavam abertas. Quem quer que hoje tivesse entrado numa das muitas escolas fechadas teria constatado que essa escola estava... aberta
[só admira que o secretário Pedreira não tenha dito que todos as escolas estiveram abertas. Eu penso que todas estiveram abertas].
Como se pode comprovar pelo testemunho deste encarregado de educação:
Contestando os números de adesão à greve avançados pelos sindicatos, Jorge Pedreira garantiu, à hora de almoço, que 75% das escolas portuguesas, pelo menos, estavam abertas. Confirmo. Esta manhã visitei as escolas públicas frequentadas pelos meus dois filhos mais novos (uma escola EB 2,3 e uma escola secundária) e testemunhei que estavam abertas. Em nenhuma delas houve aulas (ou seja, todos os professores tinham aderido à greve), mas estavam abertas. Se, a partir da experiência, posso extrapolar da amostra, diria (corrigindo o senhor secretário de estado) que todas as escolas públicas portuguesas estiveram hoje abertas. E, porém, foi a maior greve de professores de sempre...
O secretário Pedreira, a senhora directora regional, o ministério em geral, todos têm razão. Uma escola aberta é uma escola com portas abertas. Ainda que todos os professores estejam em greve e, portanto, não haja aulas. Eles lá sabem o que é uma escola aberta.

Ficam aqui, como testemunho da razão da senhora directora geral e do secretário, 3 fotos de uma escola aberta/fechada: a ESEN de Viseu.

Greve dos professores portugueses Viseu ESEN
Greve dos professores portugueses Viseu ESEN

Greve dos professores portugueses Viseu ESEN
escrito por ai.valhamedeus
[com um abraço para o Jerónimo, de quem são as fotos, e um beijo para a Marta, que me enviou o testemunho do encarregado de educação]

8 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Que tal irmos "cascar", votar no blog de uns Boys que não gramam os professores, cá para mim, pela conversa, deve ser o blogue da ministra e dos seus secretários de estado????
AQUI

Anónimo disse...

Anónimo, o blog foi removido. Onde cascamos agora?

Anónimo disse...

A extraordinária comunicação da DREC.ME !

A Direcção Regional de Educação do Centro pela pena da sua Directora dirigiu hoje às escolas um mail em que esclarece que uma escola sem aulas não se pode considerar encerrada - citamos “ (…) quando não há actividades lectivas, mas os restantes serviços estão assegurados (…) o estabelecimento não pode ser considerado encerrado (…)”.
É extraordinária esta comunicação da DREC. As escolas existem para que as crianças tenham aulas e outras actividades de carácter escolar. Não há aulas porque os professores estão em greve, mas a DREC entende que isto é de menor importância porque há portões abertos. Ou será que a concepção de escola perfilhada no ME admite o pensamento que sustenta o mail da DREC ?
Seguramente, o ME e a sua estrutura político-administrativa ainda não entenderam nada do que se está a passar nas escolas portuguesas. Talvez a feliz expressão de Francesc Relea, no El País, em 24. Novembro, possa ajudar - (…) La escuela está que arde.(…).

Bea disse...

Olá... também nós no norte fizemos greve em massa mas parece que ninguem quer ver isso....
posso roubar o vosso "sou professor não voto,,," para o meu blog?
Parabéns

Ai meu Deus disse...

Ó Bea,

tá a roubar!... :-D (qual é o blog?)

E vamos lançar uma campanha: "Eu não voto PS. Faça o mesmo e diga aos seus amigos!"

Bea disse...

Roubar não queria por isso pedi... e prometo divulgar aos bloguistas amigos,,,, se deixarem. POsso, posso?
http://beatrizmadureira.blogspot.com/
abraços

Ai meu Deus disse...

Bea,

sou defensor acérrimo da alteração do regime dos direitos de autor. Embora salvaguardando-os (a honestidade intelectual manda, por exemplo, referir as fontes), deve ser mais realçado o seu carácter social (ou, se preferir, o seu interesse colectivo).

Mas isto dava para outra discussão. Por isso, repito: pode! pode! (não diga a ninguém, mas o "boneco" não é meu. Também o roubei! :-))

Bea disse...

OK,,, thanks, mas vou referir de onde tirei... saudações profissionais
fiquem bem