Para não esquecer...

O POETA TRISTE E OS PROFESSORES

Ontem, ao que me dizem, o presidente do conselho de ministros, em entrevista televisiva, fez saber que contava com Manuel Alegre para obter de novo a maioria absoluta.

E, pelos vistos
[e pelos sabidos de outros tempos],
pode contar. Último episódio que confirma isso: o poeta triste abstém-se na votação do projecto de lei do PSD que propõe a suspensão do processo de avaliação dos professores. Com ele, escreve o Público, pode levar outros votos de socialistas críticos.

Coerentemente
[em coerência com a falta de coerência habitual, que o leva a arranjar desculpas para a falta de coerência],
o poeta triste esclarece: "Não me deixo instrumentalizar"
[variação sobre a conhecida frase "A mim ninguém me cala"?].
"Mantenho a minha posição a favor da suspensão deste modelo de avaliação, continuo solidário com os professores, mas não me deixo instrumentalizar". Este gajo, além do mais, deve saber fazer contas
[ou alguém as faz por ele].
Recorda que em 5 de Dezembro votou contra e que "não é fácil votar contra o próprio partido". Mas... a mim ninguém me aldraba: não é nada difícil votar contra o próprio partido, quando se sabe que o voto não faz grande mossa nas posições do partido, como foi o caso da votação de 5 de Dezembro.

O poeta triste será espertalhão... mas nós também não somos estúpidos. E cá esperamos
(com mais uma razão)
pela tal hora
(a da votação)...
escrito por ai.valhamedeus

2 comentário(s). Ler/reagir:

pn disse...

Em geral, a AR é um consílio pindérico e muito desacreditado/desgastado.
Tem muitos bailadores de dança ventral. E alguns pauliteiros de Miranda. Tloc, tloc, tloc. Faz barulho mas não chispa.
E em técnica d'enguia, não há igual. Até para s'escapulirem em momento de levantar o dedinho semi-hirto.
São honrosas as excepções, senão poderia assemelhar-se a uma AG de um daqueles ghost 'bancos' onde ninguém foi, é ou será(como se chamam?)
Quanto ao Vate... começa a fazer lembrar o Eanes do PRD, messiânico, enevoado e enterrado até ao pescoço nas areias quentes de Kibir.
Com tanto jogo de cintura parece o boneco michelin!
Ou o catavento de Cativelos!

Anónimo disse...

Infelizmente já não há candeias dentro da desgraça nem coragem de resistir e dizer não.