Finisterra é um romance de Carlos de Oliveira. Quanto este faleceu em 1981, li uma crónica de Augusto Abelaira onde este afirma ser tal romance o mais bem escrito em Portugal, sem se esquecer d'Os Maias. Corri a comprá-lo, julgo que na loja da Assírio na Estação do Rossio.
Li-o na viagem para Tavira, de comboio. Reli-o. Abandonei-o. Não percebi patavina. Senti-me frustrado. Finisterra ficou-me atravessado. Confessei a minha impotência a alguns amigos. Tenho-o arrumado na biblioteca, nunca mais lhe toquei.
Agora verifico que José António Barreiros tem lido o livro lentamente, bebendo cada palavra, cada sílaba. Não tive paciência para isso. A juventude não se compadecia com lentidão. Provavelmente, com a rapidez com que sinto que tenho que ler “não li” muitos livros. Vou tentar emendar-me e tentar ler de novo Finisterra, bebendo as palavras, agora que já tenho paciência para os poetas.
escrito por Carlos M. E. Lopes
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