Para não esquecer...

DO CONTRA [22] fornicação santificada

Muitos são os mensageiros e intérpretes da Palavra de Deus

[há até intérpretes que dizem que Deus é uma espécie de fala-barato: fala nas árvores, nas flores, no céu, nas pedrinhas da calçada...].
No entanto, Deus tem um representante privilegiado na Terra: Sua Santidade (SS) o Papa. Quando fala ex cathedra, SS é infalível, porque é assistido pelo Espírito Santo. E quem garante que SS nunca se engana, quando fala ex cathedra? SS! Foram SS que determinaram, no século XIX, que, quando SS fala de assuntos... importantes
[de fé ou moral],
o Espírito Santo não o deixa errar. E quem garante que o Espírito Santo sopra na orelha de SS, nesses momentos decisivos? Garantem-no SS, que assim o garantiram no Concílio Vaticano I
[isto faz-me lembrar o governo pê-èsse: grita que a lei é para cumprir; a lei que ele faz, de acordo com o que entende, para que seja cumprida. Mas adiante...].
Tudo isto está... certo, excepto num pormenorzito: haver, no século XXI, quem ainda aceite que haja quem não possa enganar-se.

Além do mais, essa certeza de os intérpretes de Deus nunca se enganarem é perigosa: pode justificar teorias e actos pouco recomendáveis. Dou o (mau) exemplo do grande Santo, Teológo e Filósofo Tomás de Aquino (século XIII). Diz o Santo, na sua obra mais célebre
[a Suma Teológica]
que matar alguém, roubar alguém ou roubar a mulher ou fornicar com a mulher de alguém, tudo isso é mal, se for decisão humana; agora se a morte de um inocente, o roubo ou o adultério forem feitos por ordem divina, são actos justíssimos. Cito (negritos meus):
"A occisão de um inocente é contrária à lei natural, bem como o adultério e o roubo. Ora acontece que Deus dispôs de outro modo. Por exemplo, quando ordenou a Abraão que matasse o seu filho inocente, ou aos Judeus que roubassem os vasos emprestados pelos Egípcios, ou a Oseias que tomasse como esposa uma prostituta.

[...] Todos os homens sem distinção, inocentes ou culpados, morrem de morte natural. Esta morte natural foi introduzida pelo poder divino por causa do pecado original, segundo uma passagem do Livro dos Reis [citação]. É por isso que é sem nenhuma injustiça que a morte pode ser infligida a quem quer que seja, inocente ou culpado, por ordem de Deus.

De modo semelhante, o adultério é a união com a mulher de outrem; mas esta mulher foi-lhe destinada por uma lei divina positiva. Assim, se um homem se une a uma mulher qualquer por ordem de Deus não haverá adultério nem fornicação.

A mesma razão vale para o roubo, que é o arrebatar dos bens de outrem. Com efeito, tomar o que quer que seja por ordem de Deus, Senhor do universo, não é de modo nenhum um roubo, pois não é tomá-lo contra a vontade do proprietário".
Não sei se na obra de Tomás de Aquino haverá justificação para os abusos sexuais de menores por padres e bispos, que às vezes se conhecem. Quem sabe se a justificação não poderia estar na interpretação da passagem bíblica que pede "deixai vir a mim as criancinhas!"?! Se o Espírito Santo soprasse por aí algum dos mensageiros divinos...

escrito por ai.valhamedeus

1 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Afortunadamente para el Hombre, Dios lo asistió con el Libre albedrío (pensó en todo el día de la creación), eso significa que:

Que el hombre hablará per se, por ende el hombre no es Dios sino una parte de él.

Que la palabra de Dios tendrá forzosamente que estar en los labios del Hombre plenamente asistido por el Espiritu Santo.

Que, efectivamente, hablar sin el respaldo del Espiritu Santo es "hablar barato" porque al hombre siempre le saldra cara la palabra de Dios... es instrucción Divina y por ende habrá que Escucharlo encima de nuestra propia voluntad.

Hay, hoy en día, muchos hombres que "hablan barato" y son oradores, políticos y representantes de muchas Iglesias (sino es que de todas posiblemente).

La ley de Dios no es necesario gritarla, la Ley de Dios está creada para cumplirse y la cumplen solo quienes verdaderamente la escuchan, incluso los "no creyentes".

Ante tales razonamientos mios, entiendo que Santo Tomas de Aquino fué hombre, discernir entre el mandato divino y la voluntad del hombre, fué escrita por el hombre. Si la Voluntad de Dios es leer las palabras del Santo, nos resta a los hombres discernir letra por letra y el resultado será siempre el mismo... La voluntad de Dios y la decisión del hombre.

El abuso sexual de un niño... ni siquiera tiene un nombre que describa tanta atrocidad y manifestación que reuna tantos adjetivos (malo, perverso, maligno, infernal, depravado, diabólico, malvado) que se resumen todas en el diccionario como Satánico.

Al igual que la Infidelidad, el pensar siquiera o intentar tocar a un pequeño niño... yá es ofensa para Dios y resta al hombre discernirlo, entre sus propios pecados y el resultado final de los mismos, que ofenden a Dios pero enseñaran al hombre y Santo Tomas quizo explicarlo con y sin la voluntad divina.

Los Sacerdotes y demás mensajeros de Dios que cometen tal ofensa per se, estan ofendiendo la parte de Dios que portan como hombres y deberán ser juzgados por ellos mismos. El resultado de estos actos del hombre no son mandato divino, simplemente se cumplió la voluntad de Dios de enseñarnos, a los que lo entendemos de manera divina, que el hombre es libre y puede bien vanagloriar y adorar a Dios como lo hace actualmente por si mismo y por otros hombres antes que cometer actos que afectarán directamente a la Fe.

Estos pecados y muchos otros nos alejan de la Fé... resta a nosotros liberar y librarnos de esos males para Amar a Dios y sobretodo, perdonando al projimo como nos perdonamos a nosotros mismos.