Finalmente há uma mulher
[latina, porto-riquenha e relativamente jovem]
no Tribunal Supremo dos Estados Unidos. Como se esperava. E com a ajuda de uns quantos republicanos. Bom sinal, esse.
Como já aqui disse, uma mulher latina, saída dum bairro social, democrata, liberal e de sólida formação jurídica não é garantia de nada
[nem a sua portorriquenhidade garante que esse tribunal aceitará finalmente que Porto Rico tem direito à sua autodeterminação].
A história desse tribunal está cheia de coisas raras: juízes nomeados porque conservadores, actuam depois como liberais. E às avessas.
Neste caso, segundo o testemunho de pessoas que me merecem confiança, a diferença está no facto de Sónia Sottomayor ter estado sempre no mundo da magistratura e não ter frequentado o mundo da política. Sempre manifestou personalidade e carácter
[dois dos «vícios» apresentados pelos republicanos para justificar a sua oposição à sua nomeação].
Sempre defendeu
[imperdoável para os republicanos]
que ser mulher, latina e de origem humilde lhe deu uma visão mais aberta e realista da justiça. Isto valeu-lhe ter sido acusada de racismo. Sim, de racismo!
A partir de agora, os pobres brancos vão ter que utilizar autocarros, casas de banho e bairros dos subúrbios rotulados «white only». Quem sabe se não estabelecerão um tribunal especial para só brancos
[com advogados negros, recrutados por uma ONG que lhes pagará generosamente o salário mínimo enquanto não encontrarem lugar num banco ou numa repartição pública]
até que apareça uma Rosa Parker loira e de olhos azuis e um Luther King com pinta de Brad Pitt.
Quem sabe...escrito por José Alberto, Porto Rico,
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