Não sei o que se passou nas vossas escolas mas, na minha, passou por lá um vendaval que levou a maior parte dos indefectíveis “a meter a reforma.”
Assim que, o espaço físico da Sala dos Profs se transformou quase por completo, neste início de Ano Escolar e fins de Verão com passagem abrupta para o quase Inverno.
Aconteceu este mesmo turmoil nas vidas de alguns colegas que as viram upside down e, por vezes, sem contarem com esta quase hecatombe: ouvide agora, Senhores, a história verdadeira desta colega que desapareceu do universo da referida sala, quase sem deixar rasto.
Só não aconteceu o seu desaparecimento total no buraco negro da educação deste país, muito por culpa das Novas Tecnologias e do choque tecnológico que nos mantém vivos no ciberespaço.
Então aí vai: a minha colega, de 40 anos e 3694 dias de serviço, autorizou-me a contá-la, (a história), embora…só não quero que refiras o meu nome, nem nada em que “eles” possam agarrar para me identificar, pois temo represálias, neste país em que vivemos, cada vez com mais “cunhas” e padrinhos. (sic)
Ora, a minha amiga e colega sofre de incapacidade física: aos 26 anos teve uma espécie de trombose que lhe paralisou totalmente o braço direito e a mão e a deixou a coxear da perna. Foi colocada na “minha” escola há 3 anos, em destacamento. Como se convenceu de que não a enviariam para muito longe, comprou casa no Algarve, com empréstimo ao banco, naturalmente, e trouxe a Avó como companhia. Este ano saiu-lhe o “totoloto”: foi colocada no Sardoal, no distrito de Abrantes. Chorou muito, no início, foi ao Ministério reclamar e lá “explicaram-lhe” o motivo de tal ocorrência.
Como não podia fazer mais nada, resolveu “arregaçar” as mangas, alugou uma casa que paga com o aluguer da que adquiriu no Allgarve e lá tem de tocar a vida para a frente, que os alunos não querem saber de desgraças.
E, pelos vistos, o Ministério também não. Muito menos a Dr.ª Maria de Lurdes Rodrigues mai-los seus assessores, regalados nos seus gabinetes.
É claro que pode concorrer para o ano que vem, diz-me ela. “Mas para quê?”
Faz mal, digo eu! Talvez vá parar a Carrazeda de Ansiães.
escrito por Gabriela Correia, Faro
Assim que, o espaço físico da Sala dos Profs se transformou quase por completo, neste início de Ano Escolar e fins de Verão com passagem abrupta para o quase Inverno.
Aconteceu este mesmo turmoil nas vidas de alguns colegas que as viram upside down e, por vezes, sem contarem com esta quase hecatombe: ouvide agora, Senhores, a história verdadeira desta colega que desapareceu do universo da referida sala, quase sem deixar rasto.
Só não aconteceu o seu desaparecimento total no buraco negro da educação deste país, muito por culpa das Novas Tecnologias e do choque tecnológico que nos mantém vivos no ciberespaço.
Então aí vai: a minha colega, de 40 anos e 3694 dias de serviço, autorizou-me a contá-la, (a história), embora…só não quero que refiras o meu nome, nem nada em que “eles” possam agarrar para me identificar, pois temo represálias, neste país em que vivemos, cada vez com mais “cunhas” e padrinhos. (sic)
Ora, a minha amiga e colega sofre de incapacidade física: aos 26 anos teve uma espécie de trombose que lhe paralisou totalmente o braço direito e a mão e a deixou a coxear da perna. Foi colocada na “minha” escola há 3 anos, em destacamento. Como se convenceu de que não a enviariam para muito longe, comprou casa no Algarve, com empréstimo ao banco, naturalmente, e trouxe a Avó como companhia. Este ano saiu-lhe o “totoloto”: foi colocada no Sardoal, no distrito de Abrantes. Chorou muito, no início, foi ao Ministério reclamar e lá “explicaram-lhe” o motivo de tal ocorrência.
Como não podia fazer mais nada, resolveu “arregaçar” as mangas, alugou uma casa que paga com o aluguer da que adquiriu no Allgarve e lá tem de tocar a vida para a frente, que os alunos não querem saber de desgraças.
E, pelos vistos, o Ministério também não. Muito menos a Dr.ª Maria de Lurdes Rodrigues mai-los seus assessores, regalados nos seus gabinetes.
É claro que pode concorrer para o ano que vem, diz-me ela. “Mas para quê?”
Faz mal, digo eu! Talvez vá parar a Carrazeda de Ansiães.
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