Na Escola EN
[chamemos-lhe assim],alguém
[a mando da Direcção?]
afixou sobre a impressora da sala de professores um aviso:
[para os mais de 150 professores existe, de facto, uma só impressora -- para imprimir documentos necessários às actividades escolares, que os professores eventualmente não imprimam em casa. Para os directores de turma, que trabalham em sala separada, não há nenhuma]
IMPRIMA COM MODERAÇÃO.
Não é fácil, neste contexto, saber o significado de moderação. Por analogia com o conhecido conselho Beba com moderação
[que algum engraçadinho acrescentou na folha do aviso],
...ou, possivelmente, imprimir em casa
[sempre o governo pouparia qualquer coisinha para ajudar a pagar o extra que decidiu pagar aos novíssimos Directores].escrito por ai.valhamedeus
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E os novíssimos Directores sempre poderiam oficiar ao(s) governo(s): devido à moderação com que mais de 150 docentes usam a única impressora disponível, na sala de profs da escola EN, conseguimos poupar a generosa retribuição moderadamente extra que pontual e mensalmente recebemos!
Ou refazendo o título a propósito de outras mensagens: que direcções, meu Deus!
Meninos
No poupar é que está o ganho. Pena que os políticos não conheçam o refrão...
Imprimir com moderação lá na minha escola quer dizer:
- teste imprimir frente e verso
- não imprimir para se ler o que se pode ler no computador
- utilizar a net em sala de aula (nós temos) em vez da distribuição de textos - sempre que possivel
- enviar os planeamentos, relatorios e equivalentes a quem de direito via electronica e não imprimir
- pedir aos alunos que enviem os trabalhos via mail e não imprimir corrigir no computador e tornar a enviar aos alunos com as correcções. Quando chega à fase final dar a nota e arquivar no computador e nunca imprimir
Pronto e por ai fora....isto lá pela minha escola chama-se "poupar na impressão" por duas razões pelo dinheiro que é preciso gerir (tal como em nossas casas) e pelas árvores.........
(Pelos vistos) há escolas (e ainda bem) onde:
- se incentiva a desmaterialização dos documentos necessários às actividades escolares;
- é possível aceder à net, sem constrangimentos, em situação de aula;
- se pode usar o videoprojector, sem burocracias excessivas (porque mora em cada sala);
- os alunos possuem equipamento e internet, permitindo a troca de documentação e, já agora, para não fugir ao assunto, uma impressora económica, que deve permitir, de forma amigável, a impressão em dupla face. Mas a questão, senhoras e senhores, nem é a do refrão a que se poderia responder como Abraham Lincoln: Se acham que a educação custa caro, experimentem a ignorância nem tão-pouco a da moderação, seja lá o que isso for. A questão é da mensagem, ela própria; se há (?!) excessos sinalizados, a actuação deve ser dirigida para aí – e só para aí – poupando os restantes ao efeito ou enfeite porque o maior (há outros) desperdício nacional ainda é a ignorância.
Também achei despropositado o papel que nos pede moderação na impressão na sala de profes.
É suposto documentos oficiais não serem impressos à nossa custa, embora, lamentavelmente, muitos de nós tenhamos que o fazer em casa.
É também suposto que os profes não imprimam documentos pessoais naquela impressora (embora também nisso não veja grande mal, desde que não haja excessos...). Eu, confesso que, para além dos documentos oficiais, por vezes imprimo um ou outro artigo de jornal (anti-socretino) que afixo no placard (sindical) - isto, quando a impressora funciona ... :-)).
Quanto à existência e ao vencimento dos directores sempre fui contra este modelo e em nenhum momento do processo (votações, participação em listas ou orgãos) que levou à sua implementação na nossa escola ou no País, participei ou estive sequer presente.
Mas a luta não acabou.
Sócrates já não tem maioria e acredito que estes desvios não democráticos acabarão por cair, por insustentáveis...
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