Para não esquecer...

ANA GOMES E DURÃO BARROSO

O Expresso publica um texto onde se tentam traçar as linhas de actuação de Barroso e onde este é descrito como um habilidoso com pouca convicção ideológica e muito jogo de cintura. Será isso. Mas o que, mais uma vez, se verifica é a “ternura” que Ana Gomes tem pelo homem. Às tantas diz ter comunicado a Barroso que iria deixar a diplomacia para se dedicar à política no PS e que Barroso lhe teria dito “mas então porque é que não vens para o meu partido?!”.

Há aqui, como é óbvio, uma crítica implícita a Barroso, por achar que se pode fazer política de igual modo no PS e no PSD e a inconfidência de uma conversa privada entre Ana Gomes, diplomata, e Durão Barroso, primeiro-ministro.

Sobre esta última, penso que Ana Gomes deveria abster-se de divulgar o que se passou num encontro privado. A conversa não foi no Parlamento e, por isso e ainda por cima, sendo desagradável para uma das partes, havia o dever de reserva.

Em segundo lugar, Barroso disse de facto uma blasfémia. Ana Gomes aderiu ao PS pela mão de Ferro Rodrigues. Opôs-se a Sócrates por causa dos voos da CIA para Guantánamo, derreteu-se e submeteu-se a Sócrates no Congresso quando a ela e a Elisa Ferreira lhes foi permitido serem candidatas ao Parlamento Europeu e à Câmara Municipal -- e ainda vem falar de coerência ou de adrenalina do poder?! Por outro lado, a diferença entre PS e PSD, quem a descobriu? A recente alteração da posição do PSD em relação à avaliação dos professores vem provar a “profunda” diferença entre eles.

Falei de invertebrados, eu? Não dei por isso.

escrito por Carlos M. E. Lopes

2 comentário(s). Ler/reagir:

vitor m disse...

P"S" e psd, descubra as diferenças...
Já o disse por aí n vezes. Porque é que estes 2 partidos se não fundem e deixam de nos f... a cabeça...

Anónimo disse...

Porque assim ora governa um ora governa outro, pois so eles têm maiorias que dê para governar