Para não esquecer...

A IGREJA E OS HOMOSSEXUAIS

A Igreja considera que ser homossexual "não é pecado" e defende um "debate alargado" sobre os casamentos entre homossexuais. O conselho "é dar tempo ao tempo", "parar para reflectir" e só depois tomar decisões. É o que diz a conferência episcopal reunida em Fátima.

E diz mais a notícia: Ontem, o porta-voz da Conferência Episcopal Portuguesa (CEP) garantiu que a Igreja "tem todo o respeito pelas pessoas homossexuais". Segundo o padre Manuel Morujão "ser homossexual não é pecado como também não é virtude ser heterossexual", pelo que considerou importante que a sociedade portuguesa se possa pronunciar sobre o assunto, que "pode ser um debate alargado e não necessariamente um referendo".

Portanto, a homossexualidade não é doença, não é pecado e já não reivindicam um referendo. Ferreira Leite e Cavaco Silva foram ultrapassados pela esquerda.

Agora chamem-lhes parvos...

escrito por Carlos M. E. Lopes

6 comentário(s). Ler/reagir:

vitor m disse...

Nesta matéria, como felizmente noutras (relembro as polémicas declarações do bispo de Viseu sobre a pobreza crescente), muitos ministros da Igreja parecem ultrapassar inúmeros xuxialistas e a direita mais conservadora.
Ainda bem que assim é!
As instituições religiosas, sendo constituídas por humanos, sempre tiveram no seu seio a mesma heterogeneidade de comportamentos sexuais que existem na sociedade laica.
Não fazia portanto qualquer sentido a não assunção da homossexualidade como um não pecado, acho.

Anónimo disse...

A Igreja nunca foi problema para os homosexuais pois eles continuaram a ir à Igreja (sem assumirem o comportamento) a ter fé, acreditar e até mesmo a comungar etc etc, o problema vem sempre da comunidade onde vivem que mais ou menos segregadora os exclui e rótula, por isso a Igreja não perde a oportunidade de tentar atrazar as leis com referendos ou discussões alargadas tendo "fé" que as comunidades se encarregarão de condenar aquilo que a Igreja já não tem "corajem" para condenar

Anónimo Assumido disse...

Anónimo Assumido

Qual seria a posição da Conferência Episcopal durante a campanha para esse referendo?
Podíamos fazer aqui um concurso de apostas...

Ai meu Deus disse...

A posição da Igreja Católica (qual delas, poderia perguntar-se) nunca poderia ser a favor do referendo (estranhei que o bispo do Porto tivesse chegado a p^r essa hipótese). Por 2 razões:

1) há matérias em relação às quais a Igreja não aceita referendos. São matérias onde reina, segundo ela, uma verdade eterna. Muitas das posições morais incluem-se aqui. E, embora no meu entender isto não seja questão de moral, outro tanto não entende a Igreja (recordar o comunicado lido pelo chefe da CEP aos órgãos de comunicação social a propósito da possível equiparação do casamento homossexual à família);

2) se a Igreja propusesse (ou aceitasse) o referendo, seria lógico que aceitasse a decisão do mesmo. Isso é muito arriscado e as instituições não democráticas não aceitam correr esse risco (recorde-se a recusa do governo socratino de referendar o Tratado de Lisboa, contra as promessas eleitorais do pê-èsse. Recordem-se igualmente as tentativas de alguns partidos de resolver a questão da legalidade do aborto fora do referendo).

Em relação à homossexualidade, a posição da Igreja tem as mesmas características de outras posições: é ambígua. Basta confrontar documentos oficiais ou oficiosos sobre o assunto.

CondeMontanellas disse...

Claro que não é pecado

pecado... pecado mesmo é a a minha vizinha aqui do lado.

Eh rapazes!!! é mesmo um pecado mortal

Anónimo disse...

Percebe-se que o autor do post frequentou o seminário maior.

Daí o estar tão bem informado e muito provavelmente até tinha aulas práticas