[e de Yemanjá, no Candomblé],
a ICAR
[Igreja Católica Apostólica Romana]
celebra mais uma das suas muitas patetices: a de uma virgem mãe
[para cúmulo, mãe de um filho cujo pai seria uma pomba -- o Espírito Santo. Pelo menos a acreditarmos, e porquê não acreditarmos?, nas palavras do anjo que anuncia a coisa à mãe...].
Como se sabe, vários grupos religiosos cristãos rejeitam tal tolice. E, quando a ICAR, em meados do século XIX e após muitos anos de muita polémica, a decidiu proclamar, percebeu bem o tamanho do seu sem senso e por isso a proclamou como dogma
[isto é, uma "verdade" que se deve aceitar mesmo que se não entenda. E, de facto, não se entende...].
Terá sido por ser uma tolice tão grande que a Imaculada Conceição foi declarada padroeira de Portugal? Quem a declarou ter-nos-ia assim em tão pouca conta?
escrito por ai.valhamedeus
17 comentário(s). Ler/reagir:
V P Q T P
ganhas um docinho se decifrares a sigla
e
ainda
uma viagem a Meca
Filósofo de merda
Não se pode tocar no Corão nem nas burkas mas tu podes ofender, gratuitamente, os cristãos.
Realmente és um excelente exemplo (negativo) para os teus alunos.
Já sabia que a ignorância era atrevida. Fico a saber que é também mal-educada.
De facto,
1) dizer que a virgindade de Maria é uma tolice não é ofensa aos cristãos coisa nenhuma. Há cristãos (os chamados protestantes, por exemplo) que não aceitam isso. Há também católicos que não fazem disso grande questão. Aliás, não é difícil ver aí vestígios de paganismo;
2) que Maria tenha sido concebida sem pecado também não data dos primeiros tempos do cristianismo. No século XII São Bernardo (talvez ele também FDP e filósofo de merda) ainda denuncia a festa de hoje como um ritual estranho à Igreja. São Boaventura e São Tomás de Aquino (talvez outros 2 FDP e filósofos de merda) aceitam a festa de Nossa Senhora da Conceição, mas rejeitam a Imaculada Conceição. O dogma só foi descoberto como tal no século XIX, certamente por inspiração divina de Pio IX;
3) tudo isto é devido a outra tolice da ICAR (e nisto está bem acompanhada por outras religiões): a concepção como acto pecaminoso.
Se declarasse o que Nany pretende é que não seria certamente bom professor (pelo menos de filosofia).
Sorte a de não haver por aqui umas fogueiras como a que levou Giordano Bruno - limpassem elas o amor à ignorância como o fizeram pela heresia.
Enquanto crente (por educação/imposição familiar) uma das coisas que me intrigava era este estranho mistério.
Outro, era a obsessiva pergunta dos padres no confessionário sobre se tinha pecado sozinho ou acompanhado. Até perceber que se tratava de dizer-lhes se me tinha masturbado (a solo, supostamente) ou tido relações com uma amiga, demorou algum tempo.
Até em coisas tão básicas quanto a educação sexual dos cidadãos a ICAR
fez um mau trabalho...
oh ressabiados da religião
toda a oportunidade é boa para bater no "ceguinho".
como é que gente inteligente e culta como vocês, continua empenhada em promover a discórdia entre crentes e não crentes.
Vocês sabem muito bem que as religiões se estruturam a partir do simbólico e que essas imagens não têm correspondência com a realidade.
para quem propaga a tolerância deixam muito a desejar... para quem sabe mais sobre religião do que o comum dos mortais, usam muito a má fé...
Vocês não são ignorantes... mas em termos de religião gostam de passar por tal... enfim, nesta área são uns grandes "aldrabões".
Patetices? E o que será quem tanto se preocupa de forma tão permanente com as patetices?
Ó meu querido penúltimo anónimo, não havia necessidade. O papa está velhinho e asmático (há dias reconhecido pelo Vaticano), mas ceguinho ainda não. E se lesse o que você escreveu, sofria um AVC teológico.
A sua ignorância teológica assinala, no entanto, uma verdade: tudo ficou mais complicado quando uns «aldrabões» com tiara transformaram o cristianismo numa religião. Isso afecta tudo, até a discussão deste blog, em que alguns se preocupam tanto com a defesa dos crentes!
Aqui quase todos são crentes: uns acreditam que Deus existe. Outros acreditam que não existe. Quem quiser que defenda estas cernças. Força, lusitanos!
o papa é velhinho mas não é burrinho... e vocês sabem bem que ele sabe mais do fenómeno religioso a dormir e a recuperar do avc do que vocês uns em cima dos outros a vociferar contra os cristãos e aqueles que os representam...
deixem-se de tretas... claro que o vosso ataque não é à religião... são mais inteligentes que isso. como seguidores dos bem pensantes o que os preocupa é a instituição religiosa que é a igreja católica e o poder que ela ainda tem no mundo ocidental...
quanto a mim não me interessa discutir teologia, mas sim religião... para a teologia não tenho formação nem sou ressabiado da religião por uma má educação seminarista, locais aliás que nunca frequentei. No fundo, desculpem, mas parte de vocês, ou eu muito me enganho ou passaram muitas horas, dias e anos, na clausura dos seminários. Basta ler a aparição para perceber do que estão a falar...
tenham umas boas meditações e leiam Séneca e outros "pagões" para tranquilizar as vossas almas que tanto se encontram a sangrar...
Realmente os comentários que daqui foram retirados não eram comentários serviam somente para retratar a cabeça, de quem os escreveu. Eu só pensei será que também é professor, ainda bem que nao tenho filhos com possibilidade de o ter como professor.........mas estou de acordo que acho que este pessoal esteve tempo demais no seminário para ficar assim tão magoado. E se não estiveram no seminário tiveram uma educação em casa igual à do seminário, demonstra uma marca de fogo sobre a sua liberdade.
Ok. Eu estive no seminário, vários anos (e, se alguém está interessado em saber, com experiências positivas e outras negativas. Mais do que a Aparição é a Manhã Submersa, do mesmo autor, que expõe uma determinada visão da vida do Seminário...).
Voltemos à confissão: estive, de facto, no Seminário. Admitamos (o que não é verdade) que estou "ressabiado" com o clero. Suponhamos mesmo (mesmo não sendo verdade) que lhes tenho uma "gana" dos diabos.
Ok. E seria por isso que as ideias que defendo neste e noutros textos (particularmente os "Do contra" dos domingos) estão erradas? Repito: é o ressabiamento que torna as ideias erradas?
Eu expus o que penso sobre o dogma da Imaculada Conceição. Acrescentei alguns dados históricos (da História do catolicismo). Estou errado? Esta é a questão. Expliquem-me como é possível uma mãe virgem. Digam-me igualmente que razões tem a Igreja do século XIX para decretar que a Virgem Maria foi concebida sem pecado.
Não ataquem os autores das ideias. Ataquem as ideias!
Gostei do comentário do Anónimo não ressabiado. Já tinha provado que de teología não sabe. Mas confessa que de religião, sim. De qual? Da religião da Igreja Católica? E sem teologia? De que religião estará a falar? Feliz porque nunca esteve num seminário. Se tivesse estado, não diria tantas asneiras no que toca à religião que quer defender. Para defender é preciso saber. Uma má defesa transforma-se num perigoso ataque.
Pobre igreja que tais defensores tem. A igreja não está mal porque atacada por muitos; está muito mal porque defendida por gente sem estofo para o fazer. A Igreja tem mais a ganhar com os «ressabiados» deste blog que com os ignorantes convencidos.
Bom e eu, apesar de não ter andado no seminário mas tendo feito um percurso estudantil "normal", do tipo, primária, liceu, faculdade, terei sido exposto a "uma educação em casa igual à do seminário"?
Como é isso possível com um pai e uma mãe laicos?
A culpa da moderação de comentários é dos que dão importância à presença de certo tipo de gente. Se um embuçado entra ao blog só para defecar, pode ter desculpa por ser um doente da cabeça ou dos intestinos; mas não há desculpa para quem vai detrás a tentar descobrir o que terá comido o atoleimado.
A educação realiza-se no meio cultural em que se nasce e vive e sejamos laicos ou religiosos os principios morais são semelhantes os laicos regem-se pela cultura com algumas variantes de valores familiares ou individuais mas no que concerne a sexo e moralidade e outros tais estão muito iguais. Aqui usa-se muito chamar-se ignorante quando não se tem a mesma opinião ou seja não somos da mesma cultura temos outros valores
Só para acabar com a polémica.
se alguns de vocês não sabem distinguir religião de teologia, não vale a pena estar a comentar o que quer que seja. Leiam o Alcorão, a Torah, a Biblia... leiam os catecismos e critiquem as religiões, digamos assim "oficiais", com mães virgens, anjos e dogmas da mais diversa espécie... que são construidos com esse conteúdo. é verdade. nada a dizer. Como leigo acho que a teologia se fundamenta nos dogmas e que os dogmas da fé não admitem discussão fora do meio erudito, isto é, teológico. foi isso que me ensinaram na catequese.
Mas na minha ignorância sobre tudo e qualquer coisa, isto nada tem a ver o com fenómeno religioso enquanto, digamos assim, um saber que se pode constituir com o recurso à razão e ao debate de ideias.
digam-me o que tem a ver a extensa obra de Mircea Eliade, Jean Delumeau, e outros com a discussão teológica? E eles não passaram uma vida a escrever sobre o fenómeno religioso?
Vejam as interpretações livres do cristianismo e de outras religiões na linha de Robert Graves, laico e não crente, mas preocupado com o fenómeno religioso e o efeito dos dogmas naqueles que aderam a uma determinada religião...
é disto que eu falo, mais nada...
não critico nem criticarei uma ou outra religião. Não falo mal das figuras simbólicas em que fundam os seus postulados por respeito às pessoas que livremente seguem essas religiões.
Admito e estou cenvencido da minha ignorãncia. mas se quiserem sair do ataque baixo ao cristianismo que é aliás o que vocês criticam em exclusivo (embora como o cristianismo - e dentro do catolicismo - existam tantas outras religiões, v. g. a título informativo, a obra coordenada por Delumeau As grandes religiões do mundo, se calhar porque é a única prática religiosa que conhecem, terei todo o gosto em trocar ideias sobre a religião - que desculpem a minha ignorãncia não é teologia - muito menos teologia católica.
É fácil chamar aos outros ignorantes por terem uma ideia contrária à nossa, o que aliás acompanha os tempo que vivemos. sair do pensamento massificado é um problema, sempre o foi em todos os tempos, e agora que a defesa quase absurda do laicismo se tornou um dos dogmas dos tempos modernos, o problema agudizou-se. é "chique" dar "porrada" sempre nos mesmos.
Sponho, como diz um dos comentadores anteriores, que estão perto de banir os comentários que não lhes interessam. Parabéns, é a maneira ideal de fugir ao debate e ao confronto de ideias.
Como muito bem lhes lembra o último comentador, a educação é um processo que se realiza com o contributo de diversas variantes. pensar que só o culto religioso a poderá afectar negativamente é um erro crasso. Pensar que a ignorância do sentimento religioso, torna a humanidade mais "humana", é outro erro tão casso como o anterior.
A prática religiosa é uma forma de configuração do real que é tão velha quanto o é o aparecimento do homem na existência. e isto, desculpem a minha ignorãncia, é religião, não é teologia.
Esta guerra dos anónimos aclara a presente polémica das religiões. Aqui ninguém sabe quem diz o quê nem quem defende o quê. O primeiro anónimo contradiz o segundo ou a contradição está no primeiro? O terceiro fala de teologia e o quarto de religião? Ou é o mesmo que não sabe a diferença entre os dois conceitos e realidades? O quinto insulta a malta ou foi o sexto que perdeu os estribos? O segundo é seminaristofóbico ou é o quarto que ainda não se esqueceu que chumbou no exame de admissão ao seminário?
Estão a ver o problema? Parece de lana caprina, mas não é. Também por isso é que os religiosos não se entendem... Si nem se reconhecem...
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