A 19 de Janeiro de 1853, faz hoje 157 anos, estreou-se a ópera Il Trovatore (O Trovador) de Verdi.
[com tradução rapinada daqui e de que destaco Quem embeleza os dias do cigano? / a ciganinha: um hino aos prazeres da vida boémia, em contraste -- ou talvez não -- com a "sinistra" canzone final]:
"Olhai! as escuras roupas nocturnas queVersão orquestral:
cobriam a imensa abóbada do céu afastam-se,
parece uma viúva
que por fim despe
as roupas negras com as quais se cobria.
Ao trabalho vamos, martelem.
Quem embeleza os dias do cigano?
a ciganinha"
depois só os homens
"Escutem-me um pouco
a bebida dá ânimo e coragem
ao corpo e á alma"
Completando todo o coro
"Oh Olha olha
no teu corpo brilha um raio
mais brilhante que os do Sol
Ao trabalho! ao trabalho!
Quem embeleza os dias do cigano?
A ciganinha"
Azuzena a filha da cigana, que o velho conde de Luna queimou no passado, está absorta frente ao fogo, enquanto os ciganos cantavam.
Azuzena começa então um estranha canzone, assim qualificada na partitura e não como ária e que por isso tem duas estrofes iguais. Trata-se de "Sride la vampa"(crepita a chama), uma das mais famosa árias para mezzo-sopranos.
Ela recorda o dia tenebroso quando sua mãe foi injustamente condenada. Numa primeira alusão ao ambiente em redor, a alegria das pessoas.
Terminando
"Crepita a chama, chega a vítima
vestida de negro, desenfaixada e descalça!
Elevam-se gritos ferozes de morte
e o eco repete-os de um barranco para outro!
Sinistras reluzem sobre os seus horrendos rostos
as tétricas chamas que se erguem até ao céu"
1 comentário(s). Ler/reagir:
Sim senhor, este coro é fabuloso, tal como o dos Escravos da ópera "Nabucco".
E pensar que este homem sofreu gravíssimos reveses na sua vida afectiva!! Nomeadamente a morte da mulher e de um filho. E brinda-nos com momentos sublimes como este. Como pode haver alguém que não
goste de música clássica?
Gabriela
P.S. Não se esqueça do meu pedido
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