A contenção dos vencimentos dos funcionários públicos tornou-se inevitável.
A inevitabilidade da contenção é garantia de um tal Vítor Constâncio. Não digo novidade nenhuma, bem sei. Nem quero dizer; quero apenas recordar que a garantia, sendo recente, é antiga. Data de Janeiro de 2004 e é justificada pelos aumentos superiores da função pública nos anos anteriores, designadamente, durante o segundo governo de Cavaco Silva:
"A contenção dos vencimentos dos funcionários públicos tornou-se inevitável, até porque nos últimos 12 anos estes cresceram mais do que a média dos vencimentos na economia em geral", disse o tal senhor. Para que se não esqueçam algumas estórias da História -- e para que não se diga que minto, recorde a notícia aqui.
escrito por ai.valhamedeus
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Este Vítor, que em [quase] nada contraria o apelido [Constâncio], já nos habituou à convergência sistémica da nomenklatura: contenção nos salários [dos outros], enquanto isso, expansão desmedida nos nossos [deles] salários. De resto tem sido com esse expediente que eles mantêm e aumentam os seus obscenos proventos que vão desde os géneros ao vil metal. Quando muito mais gente der conta - a suficiente para os apear - pouco haverá para resolver. Eles têm quase tudo tratado. Nós sabemos, eles sabem; nós nem nos importamos e eles têm cada vez menos vergonha.
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