Já aqui ficou registada a passagem de Antígona pela cidade de Viseu. Esteve também em Vila Real. Eu estive lá...
Sófocles está numa curva apertada. A razão, no seu esplendor, rejubila no interior das deambulações que Sócrates(sim, o verdadeiro)empreende pela cidade. Péricles está no seu século e declina. Por todo o lado há sofistas à espera de “clientes” que conflituam numa democracia que já se afunda. Antígona, mesmo a mulher, ainda reúne em si o apolíneo e o dionisíaco. Há um cidadão a olhar a tragédia no palco da vida. Eurípedes dará livre curso, em breve, apenas a um dos vectores: o da suposta claridade. A tragédia grega, enquanto arte, atinge o seu apogeu e desvanece-se, por isso Antígona é um marco que Nietzsche sonhou, em vão, ver reviver em Wagner vendo aí – outra vez – “A origem da tragédia no espírito da música”.
Enquanto isso vale a pena empreender a leitura pelo “guia” que o Teatro Nacional de S. João disponibiliza, a propósito de Antigona, aqui.escrito por Jerónimo Costa
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