Para não esquecer...

SALDANHA SANCHES (1944-2010)

Conheci Saldanha Sanches enquanto director do Luta Popular na rua do Forno do Tijolo, ali pela Morais Soares, em Lisboa.

Depois, em 1975, em Tavira, após eu ter sido preso
(ele foi antes e depois do 25 de Abril),
em Agosto de 1975. Veio falar ao Comício no Teatro António Pinheiro.

Muitos anos depois, há cerca de 5 anos, jantámos em Olhão, depois de uma conferência sobre o Direito Fiscal, organizado pelo Conselho Distrital de Faro da Ordem dos Advogados. Não falámos de política do passado. Não sei porquê.

As referências que tenho dele é de uma enorme coragem física. Em 1975 mudou de partido e contribuí para a sua crítica. Há, de resto, uma situação engraçada. Após o "Apelo à esquerda " de Arnaldo Matos, a 13 de Setembro, eu fui ao Porto. Era a época de crítica ao Saldanha Sanches. Eu tinha lido o livro que ele tinha publicado contra o MRPP. Entrei na sede no Porto e, sei depois, queriam expulsar-me. Não me conhecendo, achavam estranho haver alguém que conhecesse o livro daquele renegado.

Saldanha Sanches
(como Maria José Morgado),
fizeram parte da minha adolescência e não só, mas Arnaldo Matos foi a pessoa mais interessante, inteligente e culta que conheci na política. Perdoem-me. Gosto do homem e do político, apesar dos erros que lhe reconheço.

escrito por Carlos M. E. Lopes

1 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

A ingenuidade de sempre

Foi Saldanha Sanches que pintou as paredes com o slogan

"Liberdade para Arnaldo de Matos, o Educador do Povo"

Nunca concessou porque quis por a rídiculo a figura e a pessoa de Arbaldo de Matos.

Acabou com o MRPP e deu de frosques

Um que também andou a pintar paredes