Cavaco Silva, no discurso pronunciado em Faro, defendeu, entre outras coisas, que a crise não permite querelas partidárias e que se deve acabar com as quezílias ideológicas.
Sempre me espantou este tipo de discurso. Num momento em que está à vista a crise de um tipo de sociedade, mais do que nunca se deve discutir a ideologia, o modelo de sociedade e desenvolvimento que abraçámos. Ou haverá dúvidas de que este modelo baseado no domínio do capital financeiro é uma das causas da crise existente? Menos ideologia? mais ideolgia, mais política e mais discussão. Isso sim. Ou vivemos no melhor sistema possível, como diria Panglos?
escrito por Carlos M. E. Lopes
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Comentário oportuno e inteligente. O que é grave é que os partidos que se reclamam de esquerda só se preocupam com comissões de inquérito e a discutir onde é que se corta nas despesas e aumentam as receitas.Afinal, o que isso demonstra é que não têm ideologia ou têm-na idêntica à dos seus amigos de bancada.
Paulo
Pois. Hoje, no programa da Antena 2"Um Certo Olhar", um dos intervenientes disse: sem querer faltar ao respeito ao Sr. Presidente da República, pois é o nosso presidente, ele não é a solução para os nossos problemas, mas sim parte do problema, uma vez que está há 25 anos no poder. Há 10que diz a mesma coisa. Sempre que o oiço a falar na televisão mudo de canal e se houver algum discurso num jornal, compro outro.(Ó Miguel Real, já somos dois!)E prosseguiu: ele diz que temos de nos sentir orgulhosos por sermos Portugueses, mas como é que podemos ter esse sentimento se temos como Presidente Cavaco Silva? (sic).
Já Luísa Schmidt acrescentou que nunca ele se refere ao ambiente. Só lhe interessam oa mercados financeiros internacionais! O turismo, como o Sr. Presidente referiu, é uma fonte de receitas para o País. E o turismo passa necessariamente pelo Ambiente. (Concordo. Quem é que quer visitar um país degradado em termos ambientais? Para não falar de outros)
Gabriela
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