Para não esquecer...

SARAMAGO

Saramago nunca foi o meu escritor de eleição, apesar de ter lido quase tudo dele. O Ano da Morte de Ricardo Reis e Levantado do Chão são os livro de que mais gostei. Os seus diários são demasiados narcisistas para o meu gosto e as suas posições políticas eram discutíveis e achava-o irritante
(e da sua Pilar, não confundir com a do David Mourão Ferreira, nem falar...).
Mas era o nosso Nobel. Compreende-se que todos os jornais portugueses, os espanhóis El Pais e El Mundo dêem destaque nas capas à morte dele com fotografias e uma frase do escritor relativa à morte. Online, também.

Todos, disse eu? Tal como na aldeia de Asterix, há sempre uma excepção. Em Espanha o ABC, franquista/monárquico, sobre Saramago "no pasa nada". Em Portugal o Correio da Manha
(sim, sem til),
lá diz que o homem morreu mas que o Estado vai pagar o avião com os restos mortais do escritor. Sacanitas...

escrito por Carlos M. E. Lopes

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