Para não esquecer...

AS NOSSAS CAUSAS

NÃO À PENA DE MORTE!
Seja por lapidação. Seja por que forma for.
Seja por que razão for.

Mais informações, aqui.

escrito por ai.valhamedeus

15 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Por estes motivos e outros fúteis como este, NÃO À PENA DE MORTE... por outros... não tenho tanta certeza...
Como é possível ver criminosos a matar e "esfolar" crianças e pessoas inocentes e defender que devem ir apenas uns anitos para a prisão, a gastar o que o povo honesto ganha e o que as suas vítimas inocentes cá deixam... como é possível ver tanta gente a defender o direito dos criminosos e suas regalias prisionais, ver os governantes em acções de charme em jantaradas e almoçaradas com essa escumalha, e ninguém, absolutamente ninguém, se lembrar das vítimas, das famílias que ficam desfeitas, das pessoas boas que desaparecem para sempre do nosso convívio?
não digo sim à pena de morte, digo não a esta hipocrisia que defende os criminosos e condena as vítimas... a minha solidariedade e compaixão vai toda para as vítimas, os criminosos merecem as "penas do inferno" em que transformaram tantas vidas inocentes... os criminosos não devem nem podem ter uma vida decente depois de impediram tantos outros de a ter...
qual seria a vossa posição se os crimes que esssa "escumalha" comete revertessem sobre os vossos familiares directos??? com certeza levavam-nos para casa, aí os acolheriam como Cristo manda nos seus ensinamentos...
tolerancia e compreensão, sim, mas com limites, está bem?
S M

Ai meu Deus disse...

O problema está no juízo de valor que decide o que é fútil e o que o não é (quem condenou esta mulher à morte condenou-a exactamente por achar que o motivo não é fútil).

O problema está em que quem faz o juízo de valor que decide o que é ou não fútil -- quem o faz é exactamente quem tem o poder de decretar a morte, em função de tal juízo.

Sintomático é, por exemplo, que a China decida estudar a hipótese de "eliminar a pena de morte de 13 crimes financeiros não violentos". Futilidades?! pois!...
( http://noticias.r7.com/internacional/noticias/china-avalia-reduzir-numero-de-crimes-com-pena-de-morte-20100823.html )

Anónimo disse...

meu amigo
não confunda a "estrada da beira" com a "beira da estrada". acho que o meu ponto de vista é claro. Crimes que atentam contra a vida de pessoas inocentes, não se podem comparar aos crimes financeiros, ao não cumprimento dos deveres conjugais e por aí fora... para estes casos jamais se justificará a pena de morte.
quem mata a "sangue frio" provocando sofrimento nos outros e limitando para todo o sempre a sua vida e daqueles que lhe são próximos, não são merecedores dem qualquer consideração. é destes que eu falo... não do juízo de valor sobre comportamentos mais ou menos lícitos que revcertam sobre bens materiais... a vida humana não é um bem material é um bem "absoluto". Quem mata sem razão ou sentido não pode ser tratado com toda a deferencia, merece o que os chineses fazem... uma bala na cabeça e a conta a ser paga pelos bens que cá deixar...
lamento não poder defender os que matam e "esfolam" os outros. do meu ponto de vista elees não merecem qualquer consideração social...
S M

jcosta disse...

O "Ai Jesus" fez bem abraçar esta causa, como tantas outras que tem abraçado de forma justíssima, diga-se. A pena de morte, seja qual for a circunstância, ataca um direito inegociável [mesmo por razões fúteis]: o direito à vida; só com ele e a partir dele outros direitos fazem sentido - ou dão sentido ao que medeia entre o nascimento e a morte. Apetece-me citar, pelo sublime alcance, Mahatma Gandhi: "Olho por olho, e o mundo acabará cego." A manutenção e aplicação da pena de morte, sejam quais forem as circunstâncias - e não descuro nenhuma - mesmo as familiares, só pode resultar da nossa falência e da nossa impotência para reconduzir um criminoso [acidental ou reiterado) ao convívio social e à lógica do respeito intransigente pelo outro, naquilo em que ele deve ser intocável: a vida!
Posto isto - e por maior que seja a amargura, maquilhada de revolta -, devemos encaminhar os nossos esforços e as nossas energias no sentido de uma justiça que não nos deixe com vontade de exercer a vingança, porque, aí, estaremos de regresso à futilidade dos motivos.
Sociedade que pune, sem remédio [e tantas vezes sem apelo], o ser humano pelas suas falhas [gravíssimas, admito], em que patamar coloca a humanidade - e já agora - a tolerância?

Anónimo disse...

Como diz e muito bem o JCosta, a vida é intocável e é esse principio que aqueles que matam sem razão ou sentido violam de uma forma grosseira... ou não será? depois de praticarem um acto irremediável qual será o melhor julgamento? é só isto que gostava que me explicassem... não é qualquer caso de burla ou crime sobre bens, muito menos o adultério, pretenso crime só para mulheres em algumas sociedades, mas que mais de 90% dos humanos de uma maneira ou de outra cometem, que podem justificar uma punição extrema.
S M

jcosta disse...

Pois sim, SM.

Fico perplexo:"os que matam sem razão ou sentido..."

Ora se a vida é intocável, a sua formulação admite que possa existir uma razão ou um sentido para se matar! [talvez guerras justas, até]. A questão é essa: não existe razão alguma para tal. O que existe - e isso é nosso dever aperfeiçoar - é um sistema de justiça que deve pugnar por subtrair, em situação manifesta de crime, a cada um de nós aquilo que a seguir à vida mais prezamos: a liberdade. Não para sempre, porque isso representa o fim da esperança e da convicção de que o homem, mesmo o criminoso, pode redimir-se, de modo a voltar ao convívio do outro, usufruindo em pleno da sociedade, após a expiação do seu crime. O que nos custa tantas vezes admitir é que, por uma linha ténue, que, felizmente, [ainda] não ultrapassámos, nós podíamos ser o outro e, tantas vezes, por negligência. A pena de morte é sempre uma solução final, e essa, jamais deve estar em mãos tão vulneráveis [e fúteis] como as do homem.

Anónimo disse...

Guerras santas também, jcosta. Esqueceu-se dessas guerras, onde se mata em nome de Deus, e que Saramago tanto criticou. Mas eu digo que se alguém matasse uma pessoa querida e eu tivesse meios para retorquir mataria essa pessoa, sem apelo nem agravo. Por isso é que tem de haver uma justiça exterior. Devia ser perfeita, mas como é feita por homens imperfeitos nunca será perfeita.
MC

jcosta disse...

Todos os dias me esqueço do que não me lembro!

Apenas lhe desejo que a primeira das hipóteses se não verifique. Estaremos absolutamente seguros de que, de si, não sairá nunca a primeira pedra na direcção de um familiar de alguém.

Estamos conversados MC.

J Alberto disse...

Vivo num país em que há pena de morte. Conheço um homem que esteve 13 anos no corredor da morte, depois de ter sido condenado por homicídio, o tal crime que SM apresenta como razão suficiente para que lhe metam uma bala na cabeça e que os seus familiares paguem o justo preça da bala.
Aqui são demasiado civilizados para usarem balas. A morte é provocada pela injecção de tres drogas. E tudo se faz segundo o protocolo do Ministério da Saúde, até a desinfeção do braço do candenado, antes de espetar a agulha na veia, porque não se pode atentar contra a saúde do condenado!

Treze anos depois, o verdadeiro homicida confessou o crime. O condenado à morte foi posto em liberdade. É um cidadão exemplar. Menos mal que a justiça foi lenta.

Não sei que pensaría SM durante estes longos 13 anos se este meu conhecido fosse o seu pai.

Anónimo disse...

Tem razão Alberto. Há alguns inocentes condenados, mas também há muitos culpados absolvidos - lembre-se do mediático Simpson.
Há alguns indivíduos que matam, digamos, por "acidente" e que continuam a ser bons cidadãos... e claro que não deveriam ter a pena capital...
mas a maior parte - digamos muito perto de 100% dos condenados á pena capital têm um curriculum que fala por si... portanto há sempre excepções à regra.
Eu não sei se sou a favor ou contra a pena de morte. em princípio sou contra, nos casos verdadeiramente hediondos aproximo-me da pena capital...
Gosto muito da tolerancia dos tempos modernos... isto quando nós não temos nada a ver com os casos...
ainda ontem acabou um julgamento mediático em Portugal... e, sem surpresa para todos, quem ouviu as vítimas? quem as mostrou ao país??? sem fazer qualquer juízo vi o condenado mais mediático do processo horas infindas a passear de canal televisivo em canal televisivo a insultar as vítimas que o são com factos comprovados cientificamente, o sietema de justiça e por aí fora...
é copntra este estado de coisas que me pronuncio...
tenho pena mas a MINHA SOLIDARIEDADE CONTINUARÁ A IR INTEIRINHA PARA AS VÍTIMAS E AQUELES QUE LHE SÃO CHEGADOS... os criminosos da "pesada" não me merecem qualquer consideração. Sou cristão, conheço o mandamento do perdão, mas sou pecador e não estou em condições de perdoar a esta gente que de humano só tem o facto de pertencer a uma determinada espécie.
S M

J Alberto disse...

Meu caro SM
Não fique só com pena das vítimas. Faça algo por elas. Se tem provas contra um tal Carlos Cruz, tem obrigação de as entregar ao Ministério Público. Olhe que fácil!
O que não é correcto, nem humano nem cristão é, por amor às vítimas, atirar-se aos suspeitos como gato a bofe, só porque têm um currículum vitae que não lhe agrada.
Se a vítima também tiver um curriculum que é uma desgraça você torce por ela ou nesse caso já não?

Anónimo disse...

Não tenho nada contra o C Cruz ou outro qualquer. não sei se são ou não culpados... tenho a minha convicção... e quanto a esta matéria como sabe, estes comporatmentos até há uns anos atrás nem eram crime nem eram sancionados pela sociedade...
acho que me fiz entender: quando falo em solidariedade pelas vítimas, falo de pessoas normais, a que aliás correspondem a esmagadora maioria das vitimas. quando as vítimas são da qualidade dos criminosos, a tortura e a morte é um favor que os seus iguais lhe prestam, e claro, para que saiba, por esses não tenho qualquer solidariedade...
Vivo numa sociedade pretensamente democrática, tenho direito à minha opinião... Para mim só pode viver entre os homens aquele ou aquela que respeita os valores da humanidade... o resto é folclore... hoje em dia os erros judiciários existem para ambos os lados, mas são mais restritos... felizmente as ciências forenses deram uma grande ajuda para separar cientificamente o trigo do joio. Espero que consiga manter sempre a sua compreensão por essa espécie de humanos que são os criminosos da "pesada" que eu também tentarei manter a minha repulsa pelas suas acções vis e a minha solidariedade por todos que são vitimas dos seus actos...
S M

J Alberto disse...

Agora sim, fiquei baralhado. Depois de ler o post do JC (Jerónimo Costa) com o artigo do MAP (Manuel António Pina) sobre umas coisas do CQ (Carlos Queirós) já não sei qual deles é o SM (Sem Malícia? Serviços Municipalizados?). Se o MAP conhecesse o SM, não escreveria o seu artigo sobre o CQ.
Questões de siglas, ou seja, de LC (lana caprina).
Resumindo,os maus são os maus. Merecem a morte. Os bons são os bons. Não merecem a morte. Não sei se os maus são maus, mas os bons são mesmo bons. A justiça pode enganar-se. Nesse caso, os maus merecem a morte e os bons... ... ... ... já me perdi.

Anónimo disse...

Não se perdeu... é tal qual como diz, sem a a ironia com que o diz.
Há bons e há maus. ponto final. é que todos os homens são bons, mas uns são melhores do que outros.
Não sei como você vive nem onde vive, mas sei como vivem e onde vivem muitos que o acompanham nos seus pensamentos e sei que fecham a porta à chave, às vezes com sete chaves, que não vivem nem sequer nas proximidades dos bairros ditos problemáticos, que têm alarmes nos carros, que não se atrevem a sair nem de noite nem de dia para certos sítios, onde aqueles que lá vivem não dão grande fama ao lugar... suponho que o Alberto realmente não acompanhe estes seus camaradas... é que se assim é tanto medo e insegurança, não se devem aos designados bons, mas sim àqueles que para vocês são tão bons como os melhores que por cá andam... é que ao contrário do que pensa a bondade e a maldade é mensurável, nos actos, nas acções e nas omissões... o resto é como diz... lana caprina.
S M

J Alberto disse...

Agora sem ironia. Há várias coisas em que estamos de acordo: 1. Há muitas pessoas más. 2. Tenho mesmo muito medo das pessoas más. Se pudesse protegia-me delas. 4. O governo cobra-nos para nos proteger.
Até aqui tudo bem. Onde começam os problemas é na forma de proteção que nos querem impingir, como se triplicar o número de polícias aumentasse a segurança, ou a pena de morte acabasse com os maus.
Nos países onde existe a pena de morte, desde os Estados Unidos ao Irão, a criminalidade continua a aumentar na mesma proporção que em Portugal, ou mais (caso dos Estados Unidos).
Bom, condena-se à morte o tipo que matou duas ou três pessoas. E que faz a justiça com o tipo que pagou por esse «trabalho»? Enquanto ele andar à solta -até talvez com impunidade oficial- estaremos seguros?
Num Simpósio sobre criminalidade dizia um participante: «Muitos estão convencidos que a solução está no restabelecimento da Lei de Talião. Se a aplicássemos com verdadeira justiça, na maior parte dos países só haveria zarolhos e desdentados».
Este é o drama da pena de morte e outras soluções apoiadas na repressão, porque são as mais fáceis de impingir ao povo. E os políticos não estão para grandes esforços.