Para não esquecer...

CONSIDERAÇÕES EM TORNO DO NOBEL DA LITERATURA

Mario Vargas Llosa embolsou o prémio Nobel da Literatura deste ano.

O Ai Jesus! publicou, em tempos, um texto do J. Alberto sobre o premiado. Não tanto sobre as suas qualidades de escritor como sobre o "político"
[sobre o "personagem ególatra"].
A "justificação" do prémio, em palavras da própria Academia, não deixa de ser interessante: o escritor peruano ganhou o galardão “pela sua cartografia das estruturas do poder e as suas mordazes imagens da resistência, rebelião e derrota do indivíduo”. Parece que o próprio premiado receou que o anúncio do prémio fosse brincadeira (?!) e esperou, discretamente, pela confirmação
[tendo depois declarado que pensava que a Academia... o tinha esquecido].
A verdade é que, segundo também parece, os "seguidores" de Vargas Llosa não acreditavam que alguma vez fossem premiados
[no plural, sim. Leia-se este sintomático artigo de opinião, para cujo autor o prémio é "uma epifania ou um milagre"; está em castelhano, mas...].
A polémica em torno desta escolha da Academia não é surpreendente, por não ser novidade: entre outros, temos/tivemos, bem perto, o exemplo de Saramago. O que é estranho
[ou talvez não...]
é que determinados prémios Nobel sejam objecto de polémica
[por exemplo e frequentemente, com o da Literatura, o da Paz]
e outros, não
[nem pela sua nacionalidade, nem pelas suas ideias políticas ou outras];
designadamente, os prémios ligados às ciências. Poderá concluir-se daqui que, na escolha da Academia, pesam critérios que não, estritamente, o "nível" da escrita dos escritores ou o "nível" da defesa da paz dos laureados com o globo respectivo?

escrito por ai.valhamedeus

1 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Pois é, mas este senhor vive em Londres! No big deal: o Peru é logo ali, ao virar da esquina.