Para não esquecer...

SEM VASELINA

Transcrevo do blogue Aventar:

Em reunião do Ministério com Directores de Agrupamentos daqui do centro, o Ministério anunciou que está a preparar as seguintes medidas:

- Todos os cargos passam para a componente não-lectiva, incluindo cargo de Director de Turma ou Coordenador de Departamento. Ou seja, 22 horas efectivas para todos os professores.

- Acabam as reduções de horário por antiguidade, mesmo para os professores que já as têm. Não sei se será legal, a ver vamos.

- Fim de Area de Projecto e de Estudo Acompanhado (isto já se sabia).

- Todos os professores que a partir de Setembro mudavam de escalão ficam congelados de imediato.

O fim das AEC’s, na minha opinião, vem já a seguir, até porque, com os cortes orçamentais, há vários municípios que estão a devolver as responsabilidades ao Ministério. Aqui na zona, parece que Cantanhede está na calha.
escrito por ai.valhamedeus

2 comentário(s). Ler/reagir:

jcosta disse...

sobre a "não-notícia" postada no "Aventar":

A prática científica deste governo (não tenhamos ilusões!) brinda-nos, mais vezes do que julgamos, com notícias de proveniência duvidosa que inicialmente parecem falsas mas que, com o tempo e a "nossa" indisponibilidade para a contestação, acabam por vingar, aparecendo, mais cedo ou mais tarde, vertidas no corpus legislativo. A informação plantada pelo "Aventar" refere vagamente uma suposta reunião, no Centro, com directores. Pelo que sei (mas que sei eu?) tal reunião terá lugar apenas na tarde do dia 23, em Aveiro, com o Sec A. Ventura e, à semelhança do que aconteceu no Algarve, servirá para tratar (só) de matéria relacionada com os inúmeros equívocos das progressões. Contudo, uma legião de "Spin doctores", conhecidos, em inglês técnico, por manipuladores de opinião, pagos principescamente pelo congelado (para alguns) erário público, têm por função marcar a agenda das televisões, das rádios e dos jornais (não descurando os blogs) com apropriado foguetório destinado, antes de mais, a ganhar a opinião pública para a implementação de medidas altamente gravosas para determinados sectores da sociedade. Os juízes já experimentaram, os médicos já provaram, mas o óleo de fígado de bacalhau, meticulosamente doseado, tem tido a posologia mais adequada dirigida aos professores.

Espera-nos uma batalha jurídica que os sindicatos (Oh! os sindicatos!) poderiam desde já abraçar, dando algum sentido extra às lutas clássicas (a greve, depois a greve... depois o cansaço, pois).

Tudo o que está anunciado, se ainda vivermos num estado de direito, é ilegal, por ser inconstitucional, fundamentalmente os cortes (para sempre) nos vencimentos. Talvez por isso, o Aguiar (que era Branco) e jurou suspender a ADD, deu lugar ao "perdoa-me" do Passos que na toca (qual coelho) congemina alterações para a Constituição. Aí sim, embalados, perderemos qualquer réstia de dignidade e veremos com os nossos próprios olhos, depois de largamente suspensa e em velório, a finada democracia enterrada. Veremos?

Anónimo disse...

Veremos sim. Quando as medidas forem implantadas.