“Nós nunca sabemos se aquilo que o que o engenheiro Sócrates está a dizer é aquilo que ele realmente pensa ou se é o inverso. Ele muda de opinião de um dia para o outro. Ainda há bem pouco tempo informou o país que o mundo tinha mudado em duas semanas e não admitiu que era ele que não se tinha apercebido nos últimos dez anos que o mundo estava a mudar".
“O espantoso, no meu ponto de vista, é que as 1.800 pessoas, ou pelo menos a esmagadora maioria das pessoas, que vão estar no congresso vão aceitar isso de boa vontade. Vão apoiar isso, mentiras ou não, mas provavelmente mentiras e [José Sócrates] vai sair de lá em ombros, o que revela uma extraordinária incapacidade de avaliação critica que o Partido Socialista vive neste momento”
[Henrique Neto, ex-dirigente histórico do PS e congressista, no arranque do Congresso do PS]
[da primeira vez que o ouvi discursar pensou] «Este gajo não percebe nada disto». «Mas ele falava com aquela propriedade com que ainda hoje fala sobre aquilo que não sabe», adianta e recorda-se de pensar a seguir: «Este gajo é um aldrabão. É um vendedor de automóveis».
O primeiro-ministro «tem três qualidades, ou defeitos: autoridade, poder, ignorância. E fala mentira».
Henrique Neto descreve a forma como decorreu a comissão política do PS, no dia em Sócrates apresentou as medidas de austeridade. Conta que o secretário-geral do PS convocou a reunião de última hora, «para ninguém ir preparado», e organizou os trabalhos para que «o grupo dos seus fiéis fizesse intervenções umas a seguir às outras». «A ideia dele era que o partido apoiasse as medidas».
«Não tenho nada contra José Sócrates. Se ele se limitasse a ser um vendedor de automóveis. Mas ele é primeiro-ministro e está a dar cabo do meu país. Não é o único, mas é o mais importante de todos», considera Henrique Neto.
0 comentário(s). Ler/reagir:
Enviar um comentário