Para não esquecer...

BREVES -31. o teatro das políticas culturais

Passados 37 anos e seis presidentes, tudo o que temos, segundo a prática unanimidade dos comunicadores com acesso habitual aos media, é uma democracia dos três partidos do “Arco da Governação”, e outros destinados a representar o papel de partidos de protesto (assim como uma espécie de coro da tragédia grega, ou dos bobos de Gil Vicente e Shakespeare …). Os indícios das mais recentes políticas culturais apontam para uma forma de organização parecida no campo do teatro: os textos privilegiados do “Arco da Governação” -- e os outros, destinados ao cumprimento da sua função de sub-financiado protesto.
Espero que os teatros saibam resistir, porque eles são, hoje, os refúgios da liberdade. Os teatros, na tradição ocidental, não seguem “pensamentos únicos”. São fóruns de reflexão e prazer estético, onde se discute sem limites a multiplicidade dimensional do ser humano, que -- não o esqueçamos -- é também social e política.
[Joaquim Benite, director da Companhia de Teatro de Almada]

escrito por Gabriela Correia, Faro

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