Para não esquecer...

hoje é sábado 174. TAPEÇARIA

O que em ti há de eterno O que em ti há de efémero
de lira de Camões de leitura de Elle
de tão moderno como a própria Nefertite
de tão antigo como um manequim recente
O que em ti me recorda um Jardim de Munique
um dia de Setembro uma praia de sempre
O que em ti me exaspera. O que em ti me prendeu
Tudo está afinal na ausência de rima
entre ancas e o seio e contudo na linha
em tudo se une em que tudo se urdiu
[David Mourâo-Ferreira]

escrito por Carlos M. E. Lopes

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