Para não esquecer...

DO CONTRA [94] manifes pecaminosas

DOM JOSÉ POLICARPO, dito Cardeal Patriarca de Lisboa, diz que manifestações são uma "corrosão da harmonia democrática e do sistema constitucional".

Lembram-se das cavalgadas deste caval(h)eiro, para elogiar o governo de Sócrates? Agora dá a mãozinha a Passos Coelho, em tempos em que as manifes contra a austeridade o põem em causa, cada vez mais. Porque as manifes, segundo sua excelência reverendíssima, não são coisa democrática. Porque o melhor é ficar quedos e mudos: "nem com uma revolução se resolviam" os problemas do país.

É a Santa Aliança, a velhinha. A mãozinha da Igreja estendida ao poder: quando todos sentimos que as porradas que nos têm dado não levaram a lado nenhum, a não ser ficar piores do que estávamos, nem se vê aonde nos possam levar as novas, Sua Eminência repete o que diz o primeiro ministro: que os sacrifícios que o país está a fazer vão ter resultados positivos.

Mas eu entendo o Patriarca: diz ele que não deve ser a rua a dizer como se deve governar. Claro! por este andar, não tardaria, ainda os manifestantes católicos haveriam de querer um papel mais ativo na governação da Igreja -- haveriam de querer que a Igreja fosse uma associação democrática. A rua é perigosa -- mesmo para as instituições divinas.

escrito por ai.valhamedeus

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