O vento fustigou-te o branco vestido,(Após o vendaval)
Sem piedade.
E tu resististe / resistes.
Continuas a ostentar o vestido branco
Que exibes para mim quando abro a janela
E me maravilho ante o milagre.
Agora o vestido está a cada sol mais verde,
Convidando os pássaros para a tua casa.
Mas és nova de mais para tanto brilho,
Para empenho tanto.
És nova e hesitante no teu crescimento
Que estendes em redor a roçar o chão
Em vénia comedida.
E eu rogo ao deus Pã que o teu vestido se erga ao alto,
E não te curves como a tua irmã, cansada e seca,
Num castanho lutando contra o verde,
Numa luta de morte contra o vento
escrito por Gabriela Correia, Faro
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