Faltam aos planos das cidades
esfinges aladas
palmas fora de tempo, matagais
pequenos acrescentos a vermelho
Faltam atlas com algum detalhe
para as emissões nocturnas
nos agudos da nossa incerteza
falta uma beleza
a olhar por nós
indiscernível, entreaberta ainda
Talvez a nós próprios falte
essa grande medida
insondáveis cordas na travessia
uma juventude que o mundo possa
documentar
os teus olhos são o que resta[MENDONÇA, José Tolentino de, O Viajante Sen sono, Assírrio & Alvim, Lisboa, 2009. pág. 31]
dos livros sagrados
e da grande pintura perdida
escrito por Carlos M. E. Lopes
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