Ontem, numa das recorrentes discussões sobre qual o vencedor da "luta" entre os livros em papel e os eletrónicos, saltou o inevitável argumento do cheiro do papel. "Quanto não vale ir comprar o jornal e sentir aquele cheirinho do papel?!"
Confesso a minha total incapacidade para "entender" este argumento.
- Quanto não vale acordar, colher o tablet que deixámos a repousar debaixo da cama quando decidimos dormir, e ler os jornais, sem ser preciso levantar da cama?!
- Quanto não vale a limpeza de um tablet, face à sujeira que os jornais deixam nas mãos?!
- Não sei onde está o encanto do cheiro... do toner.
- Devo andar muito distraído, porque nunca vi ninguém sair do quiosque a cheirar os jornais que comprou. Nem ninguém cheirar um livro antes de o comprar. Para já não falar das vantagens que o documento eletrónico oferece a quem tem alergias...
5 comentário(s). Ler/reagir:
ValhóDeus, que deu em geek!
Anda mas é a pedir que lhe rescindam a reforma
Queria-me rir era se te enganasses e deixasses o tablet a repousar no vaso de noite!
As vantagens (do digital) são óbvias, mas, e estar em locais remotos sem electricidade para recarregar a coisa?
O livro, a cheirar a toner, a rosas, ou a merda, está sempre disponível. E as bibliotecas públicas (por ora mais papeleiras do que digitais)também!
Há argumentos do Arco da Velha!... ;-)
Supõe-se que quem vai para lugares remotos sem eletricidade leva atrás os livros em papel?! ou as bibliotecas?! ou que quem lá vive sem eletricidade tem os livros em papel e as bibliotecas disponíveis?!
Supõe-se que nos sítios onde o livro está disponível, incluindo nas bibliotecas, não há (ou pode não haver) eletricidade para carregar os leitores de ebooks?!
Ignora-se que um leitor de livros eletrónicos tem bateria que pode durar semanas?! Ignora-se que há carregadores solares para carregar as baterias?! Ignora-se que essas situações de falta de eletricidade não são relevantes?! (quem aí vive provavelmente nem os livros em papel lê...)
Meu deus, entendeste-me mal! :-))
O que queria dizer é q o livro em papel é mais autónomo, não dependendo (a sua leitura) de praticamente nada tecnológico.
Devo dizer que leio, hoje, incomparavelmente mais em formato digital do que em papel, admitindo embora que a leitura neste último suporte, por exemplo qd se está a cagar, é bem mais cómoda... :-))
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