Para não esquecer...

hoje é sábado 232. SOU EU QUE TE ABRO A BOCA

sou eu que te abro pela boca,
boca com boca,
metido em ti o sôpro até raiar-te a cara,
até que o meu soluço obscuro te cruze toda,
amo-te como se aprendesse desde não sei que morte,
ainda que doa o mundo,
a alegria
[Helder, Herberto, Ofício Cantante, Assírio & Alvim, Documenta poética,134, Lisboa, 2009, pág. 540]

escrito por Carlos M. E. Lopes

2 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

"obcuro" e "ei" faz parte do poema? Eu sei que o Herberto, enfim, mas ...
Anónimo Ofendido

Anónimo disse...

Já agora "aprendese" também faz parte?
Outro Anónimo Ofendido