Para não esquecer...

LEIT(e)URAS [49] 1984

1984, de George Orwell.

Li este livro em 1983 ou 1984
(a minha filha extraviou-o, como de costume faz com os livros que lhe passo para as unhas…). 
É este o livro que originou um popular programa de televisão: O Big Brother
(ainda que pareça ser negado pelo autor do dito, tudo faz crer que sim). 
A frase “Big brother is watching you” é uma constante no livro. Trata da descrição de uma sociedade opressiva, dominadora onde se defende o poder pelo poder
(George Orwell teria lido o livro do seu compatriota Bertrand Russel?) 
e o controlo sobre as pessoas é absoluto. Tal controlo pela filmagem de som e imagem de todas actividades das pessoas é opressivo e permanente.

Quis ver-se
(e se calhar é verdade) 
uma alegoria ao regime soviético sob a direcção de Estaline. É bem provável. Mais de 60 anos depois da sua publicação, a nossa sociedade ocidental, “livre” e “democrática”, está mais perto dessa realidade. Há câmaras por todo o lado, os nossos passos fiscais e não só
(internet, informática, telemóvel, etc.) 
são vigiados e controlados pelo “big brother”
(veja-se o caso ANS). 
A nossa vida pode ser reconstruída, destruída e ameaçada pelo controlo que várias agências de segurança têm sobre nós.

Quem julgava que o livro se reportava ao mundo soviético começa a ver que ele também se pode aplicar à sociedade actual.

Um livro que nos pode e deve despertar para uma realidade para que tendemos a não olhar e a menosprezar, como coisa de somenos. O big brother é um perigo para a liberdade das pessoas e não devemos largar um sorriso quando o ouvimos só porque nos faz lembrar um programa parolo de candidatas a prostitutas de luxo (ou de lixo).

É um livro que penso que deve ser lido.

escrito por Carlos M. E. Lopes

1 comentário(s). Ler/reagir:

Anónimo disse...

Este foi um dos livros de leitura obrigatória no meu curso, em Coimbra. Já nos Idos, não de Março, mas nos idos anos..., "há bué de time", anyway! Enfim, antes de 84.
Belos tempos, porque eu era jovem e ainda tinha sonhos. Tímidos, é certo, mas sonhos
Gabriela