Circula na Net um desenho, daqueles toscos, apenas como ilustração do texto da anedota, de dois médicos operadores, num qualquer hospital ou clínica privada. O texto é um pequeno diálogo sobre a triste situação deste cada vez mais minúsculo rectângulo, debruçado, ou antes, encolhido com medo de cair ao mar e afundar-se.
-- Este doente tem de ser operado imediatamente! -- diz um deles
-- Porquê? O que é que ele tem?
-- Dinheiro, muito dinheiro.
Só que esta anedota deixou de ser um prognóstico dos tempos que se avizinham. É já a realidade! Ontem, no hospital de Faro, uma senhora apresentou-se nas Urgências, em desespero: precisava de colocar um pacemaker. Como lhe teriam dito os profissionais de uma clínica privada. E ela não tinha os 8000 euros para pagar esse “luxo”.
Porém, ao que parece, nenhum dos médicos das Urgências, nem o próprio especialista conseguiram detectar qualquer motivo para tão drástico tratamento!
E não é preciso pôr mais na carta, como dizia a minha Avó. Que era sábia e não precisava do fim do jogo para fazer os seus prognósticos.
escrito por Gabriela Correia, Faro [a 24 de Novembro (dia de anos de uma das minhas 5 irmãs) de 2013]
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